Os professores da rede municipal de ensino de Curitiba irão paralisar as atividades a partir da próxima semana. Em votação realizada na noite desta quinta-feira (9), a categoria decidiu pela deflagração de greve por tempo indeterminado a partir do dia 15 de março.
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Segundo o sindicato que representa a categoria, o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), cerca de 80% dos 10 mil professores devem parar. Se isso ocorrer, 141 escolas, creches e centros de atendimento especializado da capital paranaense podem ser afetadas.
A paralisação parte da mobilização nacional agendada contra as reformas trabalhista e da Previdência, mas também reivindica pautas locais. Os professores de Curitiba exigem novas contratações, melhores condições de trabalho e a implantação imediata do Plano de Carreira. Segundo o Sismmac, esse plano deveria ter sido implementado originalmente em dezembro.
Os professores vão distribuir panfletos para os pais dos alunos a partir do dia 11. A ideia é apresentar as condições de trabalho e mostrar como isso afeta o ensino como um todo. Além disso, um ato está marcado para a manhã do dia 15, às 9h, na Praça Santos Andrade.
Em nota, a prefeitura enfatizou que a paralisação segue um movimento nacional contra a reforma da previdência e que não diz respeito ao segmento. A gestão municipal disse, porém, que espera que os manifestantes cumpram a legislação para manter em operação os serviços essenciais para a população. Sobre a relação com os servidores da educação, a nota do município ressaltou que “desde o início do ano busca meios para honrar os compromissos assumidos pela gestão anterior com os servidores e que está aberta ao diálogo”, negociando diretamente com os sindicatos envolvidos. A rede municipal de ensino de Curitiba tem 140 mil alunos matriculados.
De acordo com o sindicato, a prefeitura deve ser notificada da decisão dos professores.
Outras paralisações
A próxima semana vai ser marcada por greves de diferentes categorias. Além dos professores municipais, os profissionais da rede estadual também já anunciaram que vão cruzar os braços. Além deles, agentes da saúde, metalúrgicos, servidores públicos, Polícia Civil e cobradores motoristas de ônibus já confirmaram que também vão cruzar os braços no próximo dia 15.
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