Os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) decidiram aderir à greve dos docentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), que já atinge 67 instituições de ensino em todo o país, a partir da próxima terça-feira (11) a partir das 18 horas. A Associação dos Professores da UFPR (Apufpr) não soube informar quantos professores devem participar da paralisação. Já a administração da universidade destacou, em comunicado, que a decisão de aderir ou não ao movimento grevista é de foro íntimo de cada professor.
A paralisação foi deliberada na tarde dessa quinta-feira (6) em Assembleia Geral que contou com a participação de cerca de 250 professores. Foram 171 votos a favor e 129 contrários à greve.
Vestibular não será prejudicado
A greve dos professores da UFPR não deve afetar a realização do vestibular 2015-2016 da instituição. O comunicado foi divulgado hoje pela administração da universidade.
As inscrições para o concurso começam na próxima sexta-feira (14) e terminam em 11 de setembro.
Outro evento já programado cujo calendário não sofrerá alterações devido à paralisação é a Feira de Cursos e Profissões, realizada entre os dias 20 e 23 de agosto no Setor de Educação Profissional e Tecnológica – SEPT.
De acordo com a presidente da Apufpr, Maria Sueli Soares, a deflagração da greve é uma resposta da categoria às dificuldades orçamentárias enfrentadas pela instituição em decorrência dos cortes anunciados pelo Governo Federal.
“Existe a indefinição sobre a data base dos servidores federais, mas a adesão ao movimento grevista se deu principalmente por causa dos cortes de orçamento. Mesmo os recursos garantidos não chegam à universidade; para os programas de pós-graduação, não chegou nada. Bolsas estão sendo cortadas, e há promessas de mais cortes”, explicou.
Cortes
Segundo a Apufpr, relatório apresentado durante a reunião do Conselho de Planejamento e Administração (Coplad) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) informou que o ajuste fiscal anunciado pelo Governo Federal cortes de 8,3% no custeio da instituição; de 57,56% nos investimentos; e de 20,52% no total dos recursos de custeio e capital. Além disso, em junho foram anunciados cortes de 50% das bolsas por instituição do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) da Capes.
Maria Sueli afirmou ainda que a destinação de recursos dentro da Educação não tem agradado às instituições federais. “O Governo Federal reduz em 12 bilhões o orçamento das Ifes e destina cinco para o Fies viabilizar o ensino superior particular. Entendemos que a questão não é falta de recurso, mas sim opção de investimento. A situação é preocupante”, acrescentou.
A paralisação foi aprovada em votação apertada. De acordo com presentes na assembleia, o campus de Curitiba votou pela não adesão, mas os campi de Jandaia do Sul e do Litoral viraram o resultado.
Segundo a assessoria de imprensa da Apufpr, os professores entenderam que o momento é pertinente para a adesão, já que, além de o movimento nacional ter crescido, o segundo semestre letivo acabou de começar, de modo que uma suspensão de aulas agora não prejudicaria tanto os alunos.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Docentes da Universidade Tecnológica do Paraná (Sindutfpr), Edson Fagundes, por causa do recesso do ano letivo na instituição, a categoria deve decidir sobre uma possível paralisação após o retorno das aulas, que está previsto para ocorrer no dia 19 de agosto. Por enquanto, as aulas continuam normais a partir do fim do recesso e não há assembleias marcadas pela categoria.
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