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| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A direção de greve dos professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) defende a continuidade da paralisação dos docentes da instituição. A próxima assembleia da categoria está marcada para esta sexta-feira (11). O governo federal fez uma nova proposta de reajuste salarial mas os professores, tanto no Paraná quanto em nível nacional, dizem que não foram informados oficialmente das intenções do governo, o que mantém o posicionamento de continuidade da greve. O mesmo ocorre com os servidores técnico-administrativos da instituição.

Funcionários do INSS devem manter greve

Os servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) devem manter, tanto no Paraná como em nível nacional, a paralisação. No estado, são 74 agências do INSS paradas. Somente as agências de Colombo e Telêmaco Borba estariam funcionando. Segundo a diretora do Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência Social e Ação Social do Estado do Paraná (Sindiprevs), Jaqueline Mendes de Gusmão, nenhuma assembleia está marcada e a categoria insiste em um reajuste que cubra perdas inflacionárias.

“Mesmo que a gente aceitasse o reajuste proposto pelo governo, junto com outras melhorias que poderiam vir, daqui dois anos haveria greve novamente porque não houve reajuste com base nas perdas inflacionárias”, explica. Ela lembra ainda que a falta de uma data-base para os servidores públicos federais dificulta ainda mais a situação das diversas categorias envolvidas nas negociações. A paralisação no INSS chegou ao 65° dia nesta quinta-feira (10).

No dia 4 de setembro, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) propôs reajuste de 10,8%, parcelado em duas vezes – uma parcela paga em 2016 e outra em 2017. Antes de chegarem a esse índice, a União oferecia parcelamento em quatro anos. A assessoria do MPOG informou que a proposta de pagamento em dois anos vale para todas as categorias. Entretanto, as entidades sindicais nacionais dos professores e dos servidores técnico-administrativos das universidades dizem que ainda não foram notificadas dessa nova proposta.

27,3%

Esse é o índice pedido inicialmente pelo Fórum das Entidades Sindicais dos funcionários públicos. Isso vale para categorias como os professores, servidores técnico-administrativos e funcionários do INSS.

Segundo a presidente da Associação dos Professores da UFPR (Apufpr), Maria Suely Soares, a direção do movimento grevista dos docentes vai defender que a paralisação continue. “Se continuarmos pressionando, podemos conseguir uma proposta melhor, que cubra a inflação”, disse. Além disso, a presidente do sindicato disse que o governo ainda não se posicionou sobre os cortes do orçamento na educação.

Maria disse acreditar que na assembleia os professores poderão estar divididos, mas o movimento continuará em defesa da paralisação. Na última assembleia dos docentes da UFPR, realizada no dia 4 de setembro, a greve foi mantida por diferença de um voto. Nesta sexta-feira, o encontro dos professores para definir sobre a continuidade do movimento será as 16h30. Os docentes estão parados desde o dia 11 de agosto.

Servidores

A Gazeta do Povo tentou contato com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação nas Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Paraná (Sinditest), mas as ligações não foram atendidas. Por outro lado, a assessoria de imprensa da Federação dos Sindicados dos Servidores Técnico-Administrativos (Fasubra), a qual o Sinditest é ligado nacionalmente, confirmou que o governo federal ainda não notificou a entidade sobre a nova proposta de reajuste salarial.

Nesta quinta-feira, a Fasubra realizou uma reunião com o MPOG na qual apresentou uma contraproposta para reajuste aos técnico-administrativos de 9,5% em 2016 e 5,5% em 2017. A federação reclama que a proposta do governo federal não repõe as perdas inflacionárias.

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