Professores de mais seis campus da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) decidiram, em assembleia nesta quinta-feira (13), entrar em greve a partir da semana que vem por tempo indeterminado. A decisão afetará o funcionamento de dois campus de Curitiba, além das unidades de Campo Mourão, Paranaguá, Paranavaí e União da Vitória, já na segunda-feira (17). Com a deliberação, sobe para seis o número de instituições de ensino superior no estado que aderiram à mobilização dos servidores públicos pela manutenção da data-base da categoria.
“No dia 20, teremos uma nova reunião com os professores para avaliar o movimento [nestes campus] da Unespar”, comenta o presidente do Sindunespar, João Guilherme Souza Correia. Ele assinala que os professores reivindicam a reposição da inflação nos salários e a retirada na Assembleia Legislativa do projeto de lei do governo que suspende, por tempo indeterminado, o reajuste para o funcionalismo estadual.
Segundo o governo, que já suspendeu a proposta, a data-base deveria ser quitada depois que todas as promoções e progressões devidas fossem implantadas e pagas.
Outras universidades em greve
Desde o começo da semana, já entraram em greve por tempo indeterminado docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEGP), da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Na Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) e no campus de Apucarana da Unespar, haverá, por enquanto, uma paralisação de três dias. O período será de 17 a 19 de outubro. Os docentes da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), por sua vez, ainda devem realizar assembleia.
O Paraná tem hoje, conforme a Secretaria de Estado de Educação (Seed), 7.741 professores universitários. Ao todo, são 91.359 alunos, sendo a maioria, 72.737, de cursos de graduação.