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 | Débora Mariotto Alves/Gazeta do Povo
| Foto: Débora Mariotto Alves/Gazeta do Povo

Os professores de Paranaguá, no Litoral do Paraná, decidiram comemorar a data dedicada a eles com uma manifestação em solidariedade às duas professoras que estão sendo processadas por um grupo de vereadores.

“Hoje é um dia triste, era para nós estarmos recebendo homenagens, mas estamos aqui”, lamentou Jacqueline Wagner, educadora que responde ao processo.

O grupo saiu da Praça dos Leões, em frente ao prédio da Prefeitura de Paranaguá, e seguiu até o Palácio Carijó, sede da Câmara de Vereadores, com mordaças e vestidos de preto, demonstrando repúdio ao que classificaram como um “cala a boca” imposto, segundo anunciava o carro de som que puxava a manifestação. “Nossos políticos não sabem lidar com as redes sociais e não sabem lidar com a liberdade de expressão”, disse, em discurso, o professor Hermes Goldenstein Junior.

Ao chegar na Câmara, os professores retiraram as mordaças e amarraram-nas às grades na entrada do prédio e afirmavam que não se calariam. Antes de entrar para participar da sessão, o grupo cantou parabéns.

Entenda o caso

As professoras foram processadas após compartilharem nas redes sociais uma mensagem com o nome dos vereadores que votaram contra a transparência dos gastos da prefeitura com funcionalismo público, especialmente com cargos de comissão, também chamados de cargos de confiança. Entre os mais de 200 compartilhamentos feitos da mensagem, apenas duas professoras e a mãe de um aluno foram notificadas sobre o processo. “Eu também compartilhei, muita gente compartilhou, eu acho que elas levaram azar. A rede social foi o lugar onde todos estavam ligados e eu vejo que a escolha delas foi uma coisa aleatória”, afirma Rosângela Silva de Paula, prestes a completar 30 anos de magistério.

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