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Os professores da rede estadual de ensino de Sergipe, em greve desde o dia 23 de maio passado, ocupam a Assembleia Legislativa (Alese) e dizem que só sairão se houver uma intermediação entre os parlamentares e o governador Marcelo Déda, PT.

O magistério decidiu ocupar a Alese após a leitura do projeto enviado pelo governador que trata da revisão do piso salarial dos professores. O projeto de reajuste salarial do magistério foi aprovado por maioria pelos deputados estaduais, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Com a greve, 13 mil professores estão parados e 300 mil alunos estão sem aulas em todo Estado.

A aprovação teve um único voto contrário, o da deputada estadual Ana Lucia Menezes (PT), ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Sergipe (Sintese), que apresentou seu voto em separado alegando que a proposta era inconstitucional. A parlamentar apresentou ainda, junto com o voto, um parecer do conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), advogado Henri Clay Andrade.

A presidente do Sintese, Ângela Melo, disse que a categoria vai ficar se revezando até que ocorra a negociação com o governo. "Estaremos aqui em média de 30 a 40 pessoas", avisou. Ela acredita que o Estado tem condições de conceder o reajuste de 15 84% para todos os níveis do magistério e não somente para 400 professores do Ensino Médio. Os professores não concordam com a forma como o governo concederá esse reajuste e consideram que receberam "um golpe", ao saberem da aprovação do projeto de lei nesta terça-feira na Alese.

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