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80 dias

Professores decidem manter a greve mais longa da categoria em São Paulo

Os professores da rede estadual decidiram nesta quarta-feira (3) pela manutenção da greve, que chegou a 80 dias, a maior da história.

A decisão, porém, foi apertada, pela primeira vez nesta paralisação. Foram necessárias duas votações, pois não ficou claro o lado vencedor.

A categoria se reúne desde o início da tarde na avenida Paulista, região central de São Paulo, de onde devem sair em passeata. O percurso, no entanto, ainda não definido. Segundo a PM, cerca de 600 professores participam do ato.

Chegou a haver um confronto que durou cerca de dez minutos, entre professores e um grupo identificado como seguranças do sindicato. Ao menos uma pessoa se feriu e ficou com sangue no nariz.

Os grevistas pedem reajuste de 75,33%, percentual suficiente para equiparar o salário dos professores ao dos demais profissionais com ensino superior no Estado, nos cálculos do sindicato.

O governo não apresentou proposta de aumento. Diz que divulgará um plano até julho, quando o último reajuste completar um ano.

Segundo levantamento do sindicato, a adesão dos professores à paralisação se estabilizou em 30% - era de mais de 60% em abril.

A conta do governo Geraldo Alckmin (PSDB) é bem diferente - apenas 4% dos professores participam, mesmo patamar da semana passada.

A Apeoesp (sindicato docente) afirma que o atual movimento já era o mais extenso, pois na contabilização da entidade, a greve atingiu 83 dias nesta sexta.

O sindicato iniciou a contagem a partir do dia da aprovação do protesto, três dias antes do início efetivo da greve. Segundo a entidade, a reposição das aulas perdidas terá como base a sua lógica de contagem.

Em 1989, os professores voltaram ao trabalho após conseguirem reajuste, mas que ficou 53% abaixo do pedido.

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