Os professores da rede estadual de São Paulo decidiram, durante assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (10), manter a greve iniciada há 26 dias. Por volta das 16h40, um grupo de manifestantes seguia em passeata até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
A categoria protesta desde o início da tarde na região do Morumbi, na zona oeste de São Paulo. Segundo a PM, cerca de cinco mil pessoas participam do ato, enquanto a categoria aponta que esse número chega a 60 mil. Um novo protesto já foi marcado para a próxima sexta (17), na avenida Paulista.
A categoria está parada desde o último dia 16 e reivindica reajuste salarial de 75,33%. Segundo o sindicato, o percentual pedido visa a equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior -o piso dos professores estaduais é de R$ 2.415,89.
A data-base dos professores é em março, mas, segundo o sindicato as negociações estão paradas. A categoria diz que a paralisação tem a adesão de 75% dos professores, enquanto a Secretaria de Educação afirma que 92% dos profissionais continuam comparecendo normalmente às aulas.
A secretaria afirmou em nota que “não pode pactuar com o movimento que tem incitado os pais a não levarem seus filhos às unidades escolares para inflar a paralisação”. A pasta disse ainda que, ao longo de quatro anos, a categoria teve aumento de 45% em seus salários. O estado possui cerca de 5.300 colégios, 230 mil professores e 4 milhões de alunos.
Na quinta (9), professores realizaram manifestações em ao menos cinco rodovias paulistas, o que provocou diversos pontos de congestionamento. Houve bloqueio ma Anchieta, Régis Bittencourt, Ayrton Senna, Raposo Tavares e no Rodoanel. Também houve protesto em algumas vias da zona sul da capital paulista.