Cerca de 250 professores em greve passaram a madrugada desta quinta-feira (16) no térreo e na plenária da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), no Ibirapuera, zona sul de São Paulo.
Os grevistas chegaram ao local por volta das 17h de quarta (15) para participar de uma audiência pública com um grupo de deputados que querem ajudar na negociação com o governo estadual.
Nesta quinta, o grupo deve votar se permanecerá na Assembleia.
Os professores da rede estadual de São Paulo estão em greve desde o dia 13 de março. A categoria reivindica reajuste salarial de 75,33%. Segundo o sindicato, o percentual pedido visa a equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior – o piso dos professores estaduais é de R$ 2.415,89.
A categoria diz que a paralisação tem a adesão de 75% dos professores, enquanto a Secretaria de Educação afirma que 91% dos profissionais continuam comparecendo normalmente às aulas.
Em nota, a Secretaria da Educação afirmou que “rechaça as inverdades” do sindicato e que, ao longo de quatro anos, a categoria teve reajuste de 45%. SP tem cerca de 5.300 colégios, 230 mil professores e 4 milhões de alunos.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que em 2013 um concurso público foi aberto para contratar 66 mil professores.
“Já estão trabalhando 28 mil, dos 59 mil do ensino médio e segundo ciclo. A greve é mais dos temporários, quase não existe do professor efetivo. Os temporários querem acabar com a ‘duzentena’, mas não pode porque você está burlando o concurso público se você der aula sem parar, sem concurso”, afirmou.
Alckmin disse que outros 38 mil profissionais vão começar a trabalhar até o meio do ano e vai pedir para reduzir a “duzentena” junto à Procuradoria. A intenção é diminuir o período de pausa para os professores temporários voltarem a dar aulas – hoje de 200 dias.
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