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Professores protestam no Centro Cívico nesta quarta-feira | Aniele Nascimento/Agência Gazeta do Povo de Notícias
Professores protestam no Centro Cívico nesta quarta-feira| Foto: Aniele Nascimento/Agência Gazeta do Povo de Notícias

Seed

A Secretaria de Educação do Paraná (Seed) informou que deve divulgar nota oficial sobre a reunião até o final da tarde.

Colégios

Em pelo menos seis colégios de diferentes bairros de Curitiba, levantamento da reportagem mostrou que as aulas continuam praticamente sem adesões à paralisação nesta quarta-feira. No Colégio Estadual do Paraná (CEP), o maior do estado, segundo a diretoria o funcionamento é praticamente normal.

Nos colégios estaduais Leôncio Correia (Bacacheri), Bom Pastor (Vista Alegre), Julia Wanderley (Batel), Polivalente (Boqueirão) e Alcyone Vellozo (CIC), o funcionamento era normal, sem adesões à paralisação.

Acabou no início da tarde desta quarta-feira (26) o protesto organizado por cerca de mil professores da rede estadual de ensino em frente ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, em Curitiba. O ato simbólico de paralisação da categoria ocorreu em todo o Paraná. O protesto foi encerrado após lideranças do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Paraná (APP Sindicato) reunirem-se com o secretário estadual da educação, Paulo Schmidt, e representantes da Secretaria de Estado da Educação (Seed), por volta do meio-dia

De acordo com o secretário de imprensa da APP Sindicato, Luiz Fernando Rodrigues, no encontro discutiu-se as denúncias de fechamento de escolas rurais e de Educação de Jovens e Adultos (EJA) no interior do Paraná, assunto que será novamente discutido em reunião marcada para a próxima terça-feira (2).

Em relação ao pagamento de progressões atrasadas que, segundo Rodrigues, somam R$ 70 milhões, o governo garantiu que o montante será implementado na folha de pagamento de dezembro. A previsão é que até o fim do ano a dívida seja quitada, a depender da liberação da Secretaria da Fazenda.

Um dos assuntos em pauta sobre o qual não houve negociação plena foi a regularização dos professores com contratos temporários, os chamados PSS. O sindicato apresentou dois projetos, o primeiro, que deve ser encaminhado à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), torna possível que o tempo de atuação como professor temporário seja contabilizado para a progressão na carreira caso o profissional passe em um concurso.

O segundo garante o pagamento do PSS pela titulação – atualmente, todos os professores temporários recebem como se tivessem apenas graduação. Conforme Rodrigues, a Seed alegou que a implantação do projeto geraria um impacto de R$ 220 milhõesna folha de pagamento e não há previsão orçamentária no momento. "Mas manteremos o debate vivo", disse o sindicalista.

Além disso, os professores fizeram um repúdio à decisão da Alep que suspendeu as eleições para diretores e à violência sofrida pelos educadores no dia da votação, em um episódio que gerou confusão e alguns docentes ficaram feridos ao serem retirados do plenário.

Paralisação é ato simbólico

A paralisação ocorreu no dia em que aconteceriam as eleições para diretores das escolas estaduais. O processo eleitoral, entretanto, foi suspenso pelo governo por um ano, fato contestado pela APP Sindicato, que considera a atitude do governo antidemocrática.

Segundo o secretário de imprensa da APP Sindicato, Luiz Fernando Rodrigues, estima-se que a adesão à paralisação, parcial ou total, tenha sido de 75% em todo o estado. Além do protesto em Curitiba, ao qual juntaram-se professores de outros municípios, Rodrigues afirmou que houveram ações locais em diversas cidades. "O movimento foi bem sucedido, teve boa adesão. A realização da paralisação no dia em que deveriam acontecer as eleições para diretores demonstra a unidade da categoria", avaliou Rodrigues.

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