Professores da rede pública estadual de ensino vão paralisar as atividades hoje e podem deixar cerca de 1,35 milhão de alunos sem aulas em todo o Paraná. A principal reivindicação da categoria é a reposição salarial de 56,94% para a equiparação com o restante do funcionalismo público do estado. A manifestação ocorre depois que o governo do Paraná propôs um reajuste de 17,2%, referente a perdas salariais desde 2004. "O índice oferecido pelo governo é bom, mas não é o suficiente para equiparar o salário dos professores estaduais com os outros servidores públicos (de mesmo nível)", afirma José Lemos, presidente da APP-Sindicato, entidade que representa a categoria.
Em Curitiba, às 9 horas, os professores se reúnem na Praça Santos Andrade, no Centro, e seguem até o Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, onde pretendem ser recebidos pelo governo. Às 15h30, realizam uma assembléia no Colégio Estadual do Paraná para decidir o futuro do movimento.
A APP também reivindica um plano de carreira para os funcionários da educação e que seja formulado um padrão de 40 horas de trabalho semanais. Hoje, o padrão utilizado é de 20 horas. "Com isso, os professores acabam perdendo dinheiro, porque trabalham 40 horas. É como se fôssemos duas pessoas para o estado", explica Lemos.
De acordo com a Secretaria de Estado de Educação (Seed), a manifestação será acompanhada pelos núcleos de educação. A Seed também fiscalizará para que a direção de cada escola organize um calendário próprio de reposição de aulas perdidas a fim de que os alunos não sejam prejudicados.
No último dia 10, os professores estaduais já haviam sinalizado pela paralisação de hoje, quando 66 escolas da rede estadual da capital fizeram aulas de meia hora ao invés de 50 minutos. O restante do tempo foi utilizado para que discutissem a pauta de reivindicações.
No mesmo dia, professores da rede municipal de Curitiba paralisaram as atividades em 97 das 171 escolas, o que prejudicou 43.204 estudantes. Desde então, eles permanecem em estado de greve e prometem uma nova greve para o dia 15 de maio data em que as reivindicações da categoria serão negociadas com a prefeitura. Eles pedem reposição salarial de 25,23% na data-base, igualdade de docências, crescimento vertical automático e valorização por tempo de serviço.
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