O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) decidiu, no sábado (29), marcar paralisação por tempo indeterminado a partir de 23 de abril. A APP-Sindicato informou que, na assembleia realizada nesse dia, em Curitiba, os cerca de 1,2 mil professores presentes foram unânimes ao optar pela greve.
Segundo a presidente da APP, professora Marlei Fernandes de Carvalho, a classe reclama por não ter recebido novas propostas para itens que considera urgentes, como o índice de 10,6% do PSPN, os R$ 100 milhões em promoções e progressões em atraso, a aplicação do índice do mínimo regional a funcionários previsto em 7,34%.
"A categoria entende que o governo já conhece a nossa pauta, mas não ofereceu nada de novo", diz Marlei, afirmando que "todos os prazos" foram dados para isso. A última conversa do sindicato com o secretário da Educação e vice-governador Flávio Arns ocorreu no dia 19. Os 25 dias entre a assembleia e a data da greve servirão para "organizar" o movimento nos municípios. A meta é que a adesão chegue a 70% dos trabalhadores.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria do Estado da Educação, o secretário da pasta, Flávio Arns, irá se pronunciar sobre o assunto por meio de nota na terça-feira (1º).
Adiamento
O pagamento de promoções atrasadas que fizeram o sindicato cancelar uma ameaça de greve em setembro não são mais o principal problema, diz Marlei. Conforme acordo com o governo, a primeira parcela será paga em maio. "Não quer dizer que o governo não cumpriu", reconhece ela. "Ao mesmo tempo, existe uma insegurança da categoria quanto ao cumprimento das datas", justifica.