Professores da rede estadual de ensino planejam uma paralisação para o próximo dia 30 de agosto (última sexta-feira do mês). Os atos, que acontecerão em várias cidades, lembram os 25 anos da repressão feita ao protesto dos professores em 1988, além de retomar pauta de reivindicações da categoria. Em Curitiba, a manifestação começa às 9 horas, na Praça Santos Andrade, e segue em passeata até o Palácio Iguaçu, no Centro Cívico. São esperadas cerca de 10 mil pessoas.
"Fazemos a marcha todos os anos desde 1988 para relembrar a data. Costumamos dizer que nenhum educador pode ser tratado com aquele tipo de violência", afirma Marlei Fernandes de Carvalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato).
Naquele ano, os professores estaduais, que estavam em greve, faziam uma manifestação em Curitiba. Policiais militares enviados ao local entraram em confronto com os professores. O atual senador Alvaro Dias (PSDB) era governador do estado na época.
Além da lembrança histórica, os professores pedem que o governo acerte pendências com a categoria. Segundo Marlei, o governo deve pagamentos atrasados há mais de um ano. Esses pagamentos hoje somariam mais de R$ 30 milhões, ainda de acordo com ela. Eles também protestam por um novo sistema de atendimento à saúde dos servidores e implementação do piso salarial em 0,6%, entre outros.
Atos menores devem acontecer no interior. Já estão confirmados os protestos em Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina e Campo Mourão. Núcleos de outras cidades devem oficializar suas participações nos próximos dias.Outro lado
A Secretaria Estadual de Educação foi procurada para comentar as reivindicações dos professores, mas só deve responder nesta terça-feira (13).
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