Professores da rede estadual de ensino devem realizar uma manifestação na próxima terça-feira (9) em frente ao Palácio das Araucárias, em Curitiba. A mobilização tem como objetivo principal cobrar do governo estadual o pagamento dos salários de professores contratados em regime temporário.

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Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), Marlei Fernandes de Carvalho, cerca de 2,9 mil profissionais temporários começaram a prestar serviços em 23 de setembro, mas, até esta quinta-feira (4), ainda não haviam recebido nenhum salário. A falta de tempo para programar o pagamento dos educadores teria ocasionado o problema. "Estamos indignados com a falta de pagamento. É uma situação inadmissível, pois ninguém pode ficar trabalhando sem receber. Todos precisam pagar suas contas", reclama Marlei.

O protesto, segundo ela, será uma forma de pressionar as autoridades para que os vencimentos sejam pagos no menor prazo possível. "Vamos receber representantes de todo o estado. Queremos que uma folha complementar seja paga na semana que vem", afirma a presidente do sindicato.

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Os professores também vão reivindicar a nomeação de três mil professores e cinco mil funcionários de escolas na rede estadual, além do pagamento de promoções que estaria atrasado.

O sindicato ainda não soube informar se as aulas nas escolas estaduais ficarão prejudicadas na próxima semana.

Justificativa

O governo estadual admite que os professores temporários ainda não foram pagos desde que começaram a trabalhar. Em nota oficial, a Secretaria da Educação do Paraná (Seed), alega que "o número de licenças concedidas pela secretaria - cerca de 6 mil especiais; 2,4 mil do Programa de Desenvolvimento Educacional e mais 714 entre aposentadorias e exonerações - extrapolou as previsões de afastamento". Isso teria motivado um "replanejamento orçamentário e financeiro que ocasionou a não inclusão na Folha de Pagamento dos profissionais contratados pelo Processo de Seleção Simplificado (PSS) para o mês de outubro".

A Seed ainda afirma que já solicitou uma avaliação ao Conselho Revisor para levantar possíveis soluções, entre elas o pagamento aos profissionais por meio de folha complementar.

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