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Educação

Professores param para discutir salário

Parte dos professores e funcionários da rede pública estadual de ensino foi às ruas ontem em Curitiba e no interior do Paraná, pedir reposição salarial de 56,94% e o encaminhamento para votação na Assembléia Legislativa do Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos servidores administrativos.

Na capital, manifestantes (8 mil para os organizadores e mil para a Polícia Militar) se reuniram na Praça Santos Andrade e cruzaram o centro da cidade rumo ao Palácio Iguaçu, onde uma comissão foi recebida pelo secretário-chefe da Casa Civil, Caíto Quintana. Hoje uma nova rodada de negociação deve ser marcada.

De acordo com a Secretaria de Estado da Educação (Seed), um levantamento feito nas escolas indica que a adesão à greve não chegou a 15% em todo o estado. Já a APP-Sindicato, entidade que representa os servidores estaduais da educação e que organizou o protesto, estima que 90% da categoria cruzou os braços.

Na capital o ato começou às 9 horas da manhã, na Praça Santos Andrade, e contou com o apoio da Via Campesina (veja nota na página 5). Segundo o presidente da APP-Sindicato, José Lemos, a união das duas frentes tinha como objetivo apresentar uma posição contrária à privatização da educação pregada pela Organização Mundial do Comércio.

José Roberto de Oliveira, professor de inglês em Pinhais, exibia o contracheque. Contratado em novembro de 2005, ele recebe um salário de R$ 515. "Viemos do interior porque só havia vaga aqui. Tenho uma filha de dois anos, passamos dificuldades. Eu tenho orgulho de ser professor, mas me envergonha o salário que eu ganho."

Os manifestantes foram recebidos pelo secretário-chefe da Casa Civil por volta das 13 horas. A APP-Sindicato considerou a reunião uma vitória da manifestação: "Eles não estavam mais nos recebendo. Agora há uma possibilidade de reabertura das negociações", avalia o dirigente da APP, Luiz Carlos Paixão. Caíto Quintana se comprometeu a discutir o assunto hoje pela manhã com o governador Roberto Requião e com a secretária de Administração Maria Marta Lunardon, para marcar uma nova reunião com a APP.

Assimetria

O movimento foi desigual nas instituições de ensino do estado. Em Curitiba, em seis colégios visitados pela Gazeta do Povo, a adesão foi parcial. No Colégio Estadual Senador Manoel Alencar Guimarães (Cesmag), nas Mercês, o dia foi praticamente normal: dos 66 professores, apenas cinco votaram a favor da paralisação. Assim a minoria acatou a decisão da maioria e todos compareceram. Já no Colégio Estadual Júlia Wanderley, no Batel, as aulas foram suspensas. Somente três professoras compareceram.

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