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Paraná

Professores que participam do PDE denunciam falhas no curso

Professores da rede estadual de ensino que estão participando do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) e se afastaram da sala de aula em agosto denunciam que tiveram 12 dias de curso em três meses. De acordo com o telejornal ParanáTV, da RPCTV, foram 2.400 professores que saíram de licença para fazer o curso de formação continuada durante um ano e agora muitos reclamam que passaram a maior parte do tempo em casa, sem fazer nada.

Com tantos professores afastados, não houve a contratação de substitutos suficientes e alguns alunos estão, há meses, sem aulas de determinadas disciplinas. Além disso, os professores substitutos sofrem com a falta de pagamento. O governador Orlando Pessuti garantiu que vai pagar os salários atrasados e o décimo terceiro para esses profissionais até a próxima quarta-feira (22).

Uma professora que não quis se identificar diz que nos últimos três meses, só teve 12 dias de aula no PDE e continua recebendo o salário normalmente. "Esperava mais, eu queria estudar mais. Queria que tivesse mais cursos dentro da área, que não fossem só esses 12 dias que a gente teve em três meses", diz.

Outra pedagoga ouvida pela reportagem diz que vários professores reclamam do curso oferecido pela Secretaria de Estado de Educação (Seed). "Muitos professores estão preocupados porque, a partir do momento em que ele sai para fazer uma formação continuada, ele tem que ser eficiente. E quando isso não ocorre, eu só vejo uma coisa: é dinheiro público desperdiçado", argumenta.

O Sindicato da Associação dos Professores do Paraná (APP-Sindicato) diz que não tinha conhecimento das denúncias, mas que vai apurar e cobrar do governo do estado. Segundo Marlei Fernandes de Carvalho, presidente da APP-Sindicato, o programa deve ser de fato cumprido e ter um atendimento adequado. "Se houver algum problema em algum local, os professores devem procurar a APP-Sindicato para que nós conversemos com o governo do estado. Nós queremos o melhor programa e um bom atendimento da universidade com os professores", diz.

A Seed não retornou os contatos da produção para comentar o motivo de tão poucas aulas no período. Os 2.400 professores têm mais um ano de curso pela frente.

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