Os professores da rede municipal de ensino de Curitiba suspenderam nesta quarta-feira (1º) o indicativo de greve. Em votação realizada durante a noite, a categoria avaliou que ocorreram avanços na negociação e que não faz sentido começar uma paralisação no dia 8 de abril, como estava previamente agendado. Após encerradas as negociações, uma nova assembleia deve ser feita pelos professores no fim do mês para avaliar as mudanças feitas pela Prefeitura de Curitiba. A data ainda não está definida.
A prefeitura de Curitiba informou durante a tarde desta quarta-feira (1) que a administração municipal e o Sindicato dos Servidores Municipais do Magistério de Curitiba (Sismmac) terão uma nova reunião na segunda-feira (6). No encontro eles devem definir os critérios para o enquadramento de professores e pedagogos da rede municipal de ensino no novo plano de carreira da categoria.
Desde quando os professores cogitaram a greve na semana retrasada, a reclamação é de dificuldades para obter informações sobre suas progressões baseado no novo plano de carreira da categoria, com o uso do simulador criado pela prefeitura. A ferramenta projeta como ficará a carreira de cada docente. Porém, os problemas apresentados no simulador, segundo o sindicato, apontavam para perda de direitos já previstos no plano, definido em conjunto com a administração municipal em novembro de 2014. Por causa das dificuldades, a categoria definiu um indicativo de greve para o próximo dia 8 de abril.
Na reunião desta quarta-feira, segundo a prefeitura, a administração convidou os membros do sindicato para participar da definição sobre o enquadramento da categoria e, com isso, elaborar um decreto para especificar essas decisões. A proposta, afirma a prefeitura, é de que o enquadramento da categoria seja feito por tempo de serviço na carreira e trajetória individual de cada servidor.
Sobre os problemas com o simulador, o poder público informou que outra reunião será realizada na terça-feira (7) para finalizar os testes da ferramenta. No fim de março, a prefeitura já havia admitido problemas no simulador e disse que faria melhorias na ferramenta.
A diretora do Sismmac, Andressa Fochessato, avalia como positiva as alternativas apresentadas pela prefeitura até agora. “Avaliamos que o diálogo está em avanço, mas mantivemos o estado de mobilização. A tendência é que nós consigamos reorganizar o simulador de modo que contemple as mudanças no nosso plano de carreiras. Vamos fazer uma nova assembleia para saber se isso foi realmente cumprido provavelmente no dia 23 ou 24 deste mês”, disse.
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