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Educação

Professores se mobilizam por segurança e salário

Mudança hoje na rotina de 1.348.403 alunos da rede pública estadual de ensino e de 11.784 da rede municipal de Curitiba. Professores da rede estadual ministram aulas de 30 minutos, ao invés de 50, para debater a violência nas escolas, bem como o plano de carreira para os funcionários, reposição salarial de 56,94% em negociação com o governo do estado, ampliação do piso salarial nacional de R$ 850 para R$ 1.050 e apoio ao veto à emenda 3 do projeto de lei que cria a Super-Receita. Os professores do município, que paralisam as atividades hoje, querem reposição de 25,23% na data-base, igualdade de docências, crescimento vertical automático e valorização do tempo de serviço.

Com as aulas mais curtas na rede estadual, os alunos serão liberados quase duas horas antes do horário normal – às 10 horas de manhã, às 16 horas à tarde e às 21 horas à noite. No restante do tempo, a categoria se reúne nas escolas para debater reivindicações.

A APP-Sindicato, que representa os professores estaduais, não tem estimativa da adesão às aulas de 30 minutos. "Todas as escolas foram convocadas a participar. Os debates também servirão para preparar a categoria para a paralisação estadual e nacional no dia 25 de abril", afirma o presidente da APP-Sindicato, José Lemos.

A Secretaria de Estado de Educação (Seed), informa, por meio de assessoria de imprensa, que vai monitorar a manifestação dos professores e que está em negociação salarial com a categoria. O Paraná tem 2,1 mil escolas estaduais e 67.597 professores.

Curitiba

Os professores municipais decidiram paralisar as atividades para pressionar a prefeitura a negociar reposição de perdas salariais. Também participam do movimento inspetores de escolas municipais e educadores da Fundação de Ação Social (FAS) que pedem, respectivamente, reajuste salarial e incorporação de gratificação ao salário.

O Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) estima que metade dos 8.036 professores das 171 escolas de Curitiba deve aderir à paralisação. Eles se reúnem às 9 horas na Praça Santos Andrade com destino à prefeitura. Lá, os manifestantes fazem assembléia para decidir se a greve continua.

"Nossa intenção é pressionar. Os avanços anunciados pela prefeitura não atingem todos os professores", afirma a coordenadora de formação do Sismmac, Glacelise Cordeiro Brites.

"Esperamos que os professores tenham bom senso neste processo de paralisação, pois a maior afetada é a população. Além disso, eles tiveram reajuste de 17,98% em dois anos", rebate o secretário municipal de Recursos Humanos, Arnaldo Bertone.

A prefeitura classifica a paralisação como "injustificada", já que a partir do dia 15 de maio uma comissão com representantes do sindicato inicia reuniões com o poder público municipal para discutir o plano de carreira dos professores. Ainda de acordo com a prefeitura, as faltas decorrentes da paralisação serão descontadas.

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