Não são poucos os casos de profissionais que fecham negócios com clientes por meio do WhatsApp. A psicóloga Lola Andrade, 55 anos, que atende em uma clínica especializada de São Paulo, é uma delas. Cerca de 85% dos pedidos de primeira consulta ocorrem via aplicativo, mas ela também usa o app para manter contato com pacientes, numa espécie de atendimento a distância. Segundo Lola, muitos potenciais pacientes preferem o primeiro contato pelo serviço. “O Whats tem o conforto do anonimato.”
De acordo com a dados da 2ª Pesquisa Nacional do Varejo Online, feita pelo Sebrae no ano passado, 39% das pequenas empresas de comércio eletrônico utilizam o aplicativo como ferramenta de pré e pós-venda – em 2014, a taxa era de 19%. Com o uso do aplicativo, a pesquisa revelou que houve uma redução de 64% para 55% no uso do telefone para ligações. A pesquisa mostrou também que, quando menor o tamanho do empreendimento, maior é a dependência do WhatsApp, por razões de economia.
Gerente de uma franquia da rede de escolas de idiomas em Bauru, Laís Fernanda, 27 anos, disse que o WhatsApp é útil para confirmar matrículas de alunos que não têm tempo de ir à escola para resolver o assunto. “Após assinar o contrato, alguns alunos fazem o pagamento e enviam o comprovante via mensagem”, diz Laís. O aplicativo também colabora em outras tarefas, como a manutenção do relacionamento com os estudantes.
Regina Aristides, 51 anos, corretora de imóveis em São Paulo, usa o serviço de mensagens para agendar visitas a apartamentos e para enviar fotos de imóveis a interessados. Ela diz fechar três contratos por mês via WhatsApp. “Posso afirmar que a perda é grande. São negócios entre R$ 400 mil e R$ 2 milhões.”