Romper a barreira imposta pelas dificuldades socioculturais e alavancar uma mudança na vida de crianças e adolescentes através da educação tem sido a missão do Programa Bom Aluno (PBA) há 22 anos. Lançado em Curitiba em 1993, o projeto já beneficiou mais de mil estudantes no país. Em 2000, surgiu também o Instituto Bom Aluno do Brasil (Ibab), para coordenar as ações do programa Brasil afora.
No Paraná, há unidades em Maringá e Londrina, além da capital. As franquias sociais do PBA estão presentes igualmente nos estados da Bahia, Rio Grande do Sul, Minas Gerais – e recentemente, Espírito Santo e São Paulo começaram a selecionar.
O programa funciona graças ao patrocínio de um pool de 16 empresas, que mantém atividades de reforço pedagógico para estudantes de baixa renda selecionados em escolas públicas. “Nosso objetivo é dar acesso à educação de qualidade. Acima de tudo, é um projeto de vida para o aluno. Fazer com que ele acredite que pode”, define Maria Isabel Grassi Dittert, gerente do Instituto Bom Aluno.
Segundo ela, o perfil buscado é o do aluno dedicado, que quer ser ajudado. “Ele tem de ser curioso, ter vontade de aprender, ter compromisso e responsabilidade. E focar no estudo. Afinal, as conquistas não vêm de graça”, pondera. Nesse sentido, o apoio da família é essencial.
Para participar do projeto o estudante a partir da 6ª série do ensino fundamental deve receber uma indicação da escola pública onde estuda e fazer a inscrição no site http://www.bomaluno.com.br. Além do critério de baixa renda, o histórico escolar é avaliado. Depois disso,o candidato passa por provas de Matemática e Português. Por fim, a equipe do projeto visita a casa da família, para saber mais sobre a vida e a rotina do estudante. Se aprovado, ele é acompanhado até a universidade e além. Mas precisa cumprir metas a cada série/ciclo. A nota mínima exigida é 70 nas avaliações.
Em Curitiba, o processo de inscrição para novos alunos do 6º e 7º anos do fundamental já está valendo. A ficha de inscrição está no site do projeto. (JRM)