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ENSINO SUPERIOR

Programa dá empurrão para cursos no exterior

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Vários universitários têm o desejo de estudar no exterior, mas em muitos casos o sonho esbarra na falta de oportunidades na área, no desconhecimento do idioma e na incapacidade de se manter vivendo fora do país. Quem quiser tentar uma chance e estudar fora com uma ajudinha do governo tem até o dia 25 de janeiro para se inscrever no programa Ciência Sem Fronteiras, que seleciona candidatos para cursar a graduação sanduíche em universidades de outros 15 países com o pagamento de bolsas de auxílio.

O prazo de inscrição, que acabaria no dia 14 de janeiro, foi prorrogado devido à intensa procura e problemas enfrentados pelos estudantes, que tinham dificuldade em classificar os cursos. O programa tem como objetivo consolidar as áreas de tecnologia e inovação, promovendo intercâmbios estudantis que vão desde a graduação até o pós-doutorado.

O benefício prevê, além do pagamento de uma bolsa, depositada a cada três meses, auxílio para a compra de livros didáticos e para a instalação no país e seguro saúde, na moeda vigente do destino. Além disso, estudantes que vão para 96 cidades, como Tóquio e Londres, recebem uma verba adicional, destinada aos centros urbanos com custo de vida mais alto.

Quem quer participar do programa, porém, deve estar preparado para os imprevistos: no ano passado, vários estudantes reclamaram que suas bolsas não estavam sendo depositadas no prazo correto. Na época, o governo justificou que o atraso no pagamento das bolsas ocorreu por causa da implementação de um novo sistema de pagamento. A reportagem da Gazeta do Povo questionou o governo federal sobre a situação atual do sistema, mas não obteve nenhuma resposta.

Experiência

A jovem Ísis Daou, estudante de design na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), está na Alemanha desde o ano passado, onde estuda na Fachhoschule Köln, a faculdade de ciências aplicadas de Colônia. Ela conta que apesar de o programa ser voltado à tecnologia e inovação, que estão relacionadas ao design, foi difícil arrumar uma oferta para a área, porque havia poucas vagas. Por outro lado, também não havia tantos concorrentes.

Na Alemanha, Ísis mora em um tipo de república, onde divide o apartamento com duas meninas alemãs. Ela conta que o dinheiro da bolsa é suficiente, porque a Alemanha tem um custo de vida menor que de outros países europeus. "Minhas maiores despesas são aluguel e alimentação, que a bolsa cobre muito bem. No meu estado, o transporte é de graça", comenta.

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