Alcântara (AE) O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Sergio Gaudenzi, disse ontem em Alcântara (MA), que o orçamento para o programa espacial brasileiro deverá chegar perto dos US$ 200 milhões este ano. Este será o maior volume de recursos aplicados em atividades espaciais no país.
Antes disso, o maior montante foram os US$ 96 milhões investidos no último ano do governo Sarney.
O orçamento de cerca de US$ 200 milhões ainda não é considerado ideal, mas se aproxima muito do valor mínimo para sustentar um programa espacial como o do Brasil.
Com um orçamento como o previsto para 2006, o programa espacial poderá ser retomado integralmente, inclusive com o desenvolvimento da Missão Espacial Brasileira Completa (MECB), que tem como meta lançar um satélite brasileiro, com foguete projetado e fabricado no país, a partir de um centro de lançamento localizado em território nacional.
Segundo Gaudenzi, o orçamento que o governo federal destinou à AEB é de pouco mais de US$ 100 milhões. O restante virá de emendas no orçamento propostas por parlamentares. A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional deverá propor emenda de maior valor.
Os recursos serão empregados na ampliação do programa de satélites, na retomada do programa de desenvolvimento de foguetes, em infra-estrutura na base de Alcântara, em programa de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia espacial e na concretização da joint-venture Alcantara Cylcone Space (ACS).
A ACS é o primeiro projeto do tipo desenvolvido pelo Brasil e a joint-venture será formada por duas estatais ucranianas a Yuznoye, especializada em designer de foguetes, e a Yuzhmash, responsável pela construção dos foguetes ucranianos e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).