Agenda
As atividades do Ano Internacional da Astronomia começam hoje :
Curitiba
Das 16 às 24 horas: no planetário do Colégio Estadual do Paraná, visitantes podem fazer observações. Durante todo o ano, aos sábados, haverá sessões das 19 às 20 horas.
Das 19, às 20h30: Cerimônia de Abertura na UTFPR do Ano Internacional de Astronomia e palestra "As novas fronteiras do Universo."
Das 21 às 23h30: sessões no planetário, a cada 30 minutos, sobre "As contribuições de Galileu para a Astronomia."
Londrina
Hoje, a partir das 16 horas, no planetário: sessões de cinema. Às 17h45, palestra "400 anos da luneta de Galileu Galilei".
Após as 18h30: observação com telescópios na Praça Nishinomiya.
A entrada nos planetários é gratuita. Para ter acesso à programação de todo o Brasil acesse o site: www.astronomia2009.org.br.
Há apenas uma década a Igreja Católica se posicionou contra um erro do passado: perdoou o italiano Galileu Galilei, que foi excomungado durante a Inquisição por causa de suas descobertas astronômicas. O reconhecimento, mesmo que tardio, só reforça a importância do cientista no campo do conhecimento. Em homenagem aos quatro séculos de obervações telescópicas feitas por Galileu, 2009 foi declarado como o Ano Internacional de Astronomia. Coincidentemente, também vai lembrar dos 40 anos da conquista da Lua pelos tripulantes do Apollo 8, em 1969.
Galileu é um marco da astronomia não só pelos seus feitos, mas também porque conseguiu expor suas ideias durante uma época atribulada. Quase foi queimado em praça pública, mas se livrou do castigo porque aceitou afirmar, mesmo sabendo não ser verdade, que era a Terra que estava no centro do Universo. Mas teve de ficar em prisão domiciliar até morrer.
Com a luneta que Galileu conseguiu fabricar a partir da justaposição de duas lentes de óculos, ele fez as primeiras observações das manchas solares o que lhe custou a visão de um dos olhos. Analisou ainda Vênus, os anéis de Saturno e as Luas de Júpiter.
Para resgatar as descobertas de Galileu, o Ano Internacional da Astronomia está com uma série de programações especiais mundo afora. Há uma meta para ser atingida: colocar um milhão de brasileiros, ao longo do ano, olhando por telescópios os mesmos astros observados por Galileu.
Segundo o engenheiro Bertoldo Schneider, professor pesquisador da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), além de levar a Astronomia à população, a área enfrenta outros desafios. "Continuamos a buscar vidas em outros planetas, porque são grandes as chances de isso acontecer", diz. Há outra questão ainda não respondida, que é o grande mistério do século: cientistas descobriram que o universo está crescendo de forma acelerada, que as estrelas estão cada vez mais distantes umas das outras. Não se sabe, entretanto, por que isso está acontecendo. "O que conhecemos é apenas 5% de tudo o que existe. Precisamos desvendar as entidades energia e matéria escura", explica Schneider.
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