Proibição cria o “tráfico” de guloseimas nas escolas

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A proibição da venda de guloseimas nas cantinas criou uma situação inusitada em algumas escolas paranaenses: o "tráfico" de doces, salgadinhos ou refrigerantes. "Tem aluno que está levando quatro ou cinco refrigerantes de casa para vender no colégio", relata a chefe do departamento de apoio escolar do Instituto de Desenvolvimento Educacional do Paraná (Fundepar), a nutricionista Márcia Cristina Stolarski.

A estudante Jaqueline Otto Bueno de Morais, do Colégio Lysímaco Ferreira da Costa, de Curitiba, diz que há colegas que vendem pirulitos dentro da sala de aula, com ágio em relação ao preço do mesmo produto comercializado na rua. "Eles vendem por R$ 0,15, na rua sai R$ 0,05", diz a estudante.

Jaqueline se diz contrária à proibição da venda de refrigerantes, doces ou salgadinhos nas escolas. Sua colega, Fabiane de Souza Seriniski, concorda. "Se não tem lá dentro (do colégio), o pessoal compra fora". Elisângela Ramirez, funcionária de uma banca de jornais próxima à escola, confirma a compra por parte dos alunos fora da escola. "A gente vende bastante para os estudantes: chiclete, bala, pirulito, doce de amendoim, paçoca. Tem gente que compra pirulito de pacote".

Apesar da resistência de uma parcela dos estudantes, outros já se habituaram à novidade. "Já me acostumei", diz o estudante Anderson José de Oliveira, do Colégio Xavier da Silva, de Curitiba. "Não sinto muita falta", afirma Caio Henrique Lima de Assis, também do Xavier da Silva. "Antes eu comia cachorro-quente, risólis, bebia refrigerante. Agora, é mais sanduíche natural e suco de fruta". (FM)