A lei municipal que proíbe a utilização de celular dentro das agências bancárias de Curitiba entrou em vigor nesta quarta-feira (15). O projeto foi aprovado na Câmara em 18 de maio e a lei foi sancionada pelo prefeito , Luciano Ducci (PSB), em 17 de junho.
Anteriormente, a assessoria de imprensa da Câmara de Curitiba havia informado que a lei entraria em vigor apenas na sexta-feira (17), mas fez uma retificação nesta quarta informando sobre o erro em relação a data.
De acordo com a lei, o cliente terá que desligar o celular ao entrar na agência. Se a pessoa tentar utilizar o aparelho, o responsável pelo banco poderá retirar o celular da pessoa enquanto estiver na agência. O aparelho será devolvido na saída. Se a o cliente não quiser entregar o celular, a polícia será chamada.
O objetivo da medida é impedir o crime conhecido como "saidinha de banco", na qual os clientes são assaltados na saída das agências depois de sacarem dinheiro. Nesse tipo de crime, uma pessoa ficaria no interior do banco e avisaria, por meio do celular, outro membro da quadrilha que estaria do lado de fora e abordaria a vítima.
De acordo com Otávio Dias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, poucas pessoas sabiam da vigência da lei. "AInda não conseguimos avaliar quais serão os efeitos da medida", explica.
Segurança
Uma pesquisa encomendada pela Gazeta do Povo ao Instituto Paraná Pesquisa, em junho, apontou que 51% dos entrevistados consideravam que a segurança nas agências bancárias permanecerá como está com a nova lei. A população também tinha dúvidas se as agências irão cumprir a lei.
A proibição da utilização dos celulares foi a segunda medida aprovada pela Câmara Municipal para tentar aumentar a seguranças dos clientes. A primeira foi a lei que determina que os agências bancárias instalem biombos para separar os clientes que estão na fila daqueles que estão sendo atendidos nos caixas. A lei entrou em vigor em 2008 na capital e ainda não é cumprida por todos os bancos.