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A proibição de aulas práticas no Instituto Médico Legal de Curitiba (IML) atinge os estudantes de Me­­dicina de pelo menos duas instituições: a Faculdade Evangélica e a Universidade Positivo. Se­­gundo o professor de Medicina Legal da Positivo, Carlos Ehlke Braga Filho, as aulas práticas no IML iriam acontecer em agosto. "Estamos preocupados, mas esperamos que até lá o problema esteja resolvido", diz. "As aulas práticas são fundamentais, especialmente porque no IML eles [alunos] veem os problemas de perto e têm mais segurança para resolvê-los futuramente."

Segundo a direção do IML, a decisão foi tomada porque o Instituto vinha recebendo inúmeras queixas de pacientes sobre o comportamento dos estudantes. A determinação foi dada no final de 2011. Em janeiro deste ano, a professora da Faculdade Evan­gélica Marilda Zauer Guimarães encaminhou questionamentos ao Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM) sobre o impasse.

As respostas foram enviadas no começo de fevereiro. O CRM considera que a proibição das aulas é uma questão administrativa que só cabe ao Instituto, mas que a prática é importante. "A formação do médico inicia nos bancos escolares e o IML tem sido tradicionalmente o local de excelência para o ensino da Medicina Legal", diz a resposta assinada pelo vice-presidente do Conselho, Maurício Marcondes Ribas. "Este Conselho recebe inúmeras reclamações de delegados, juízes e promotores motivadas pela falta de médicos legistas e uma atitude como esta, sem dúvida, não irá melhorar a questão", completa o texto.

A presidente da Associação dos Médicos Legistas do Paraná, Maria Letícia Fagundes, pretende conversar com a direção do IML. "Vou fazer o contato com ele o mais brevemente possível para tentar reverter a situação, pois os alunos precisam da prática." O diretor do IML, Porcídio D’Otaviano de Cas­­tro Vilani, foi procurado ontem pela reportagem, mas preferiu não comentar a situação.

O impasse não afetou os alunos da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), que possui um laboratório próprio e não utiliza o Instituto para as aulas práticas. Com relação à Universidade Federal do Paraná, a assessoria de imprensa da instituição não soube confirmar se os alunos utilizavam as instalações do IML.

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