Os deputados devem votar hoje, em clima tenso na Assembléia Legislativa, o projeto do governo do estado que transforma a Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) em autarquia. O governo garante ter maioria para aprovar a mensagem enquanto a oposição aposta numa vitória apertada.

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Os servidores vão tentar até a última hora pressionar a maioria dos parlamentares a votar contra o projeto. O governo já se comprometeu a atender algumas reivindicações da categoria, como incluir uma emenda assegurando a criação de um plano de cargos e salários 90 dias após a aprovação.

O Executivo também concordou em pagar os reajustes retroativos de 2004 e 2005, de 18% e 2% para impedir que as dívidas trabalhistas se transformem em precatórios. Mesmo cedendo em alguns pontos, não houve consenso em torno da proposta.

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Os representantes dos servidores argumentam que a mudança de regime jurídico – de empresa pública para autarquia – vai provocar a perda da autonomia sindical e enquadrar todos os funcionários numa mesma política salarial.

O líder do governo, Dobrandino da Silva (PMDB), está convocando todos os deputados aliados para cancelar compromissos no interior e comparecer na sessão. O recado para os parlamentares foi claro: "Ninguém vai inaugurar nada na terça. Todo mundo tem que estar aqui", disse. Pelos cálculos do peemedebista "há clima" e votos suficientes para a aprovação. "O bicho não é tão feio assim como dizem. O pessoal da Emater pode se mobilizar, mas não sei se vai resolver", emendou.

A oposição espera que a pressão popular ajude a derrubar o projeto. "Se a Emater se mobilizar de verdade os governistas tremem na hora de votar", prevê o líder da oposição, Valdir Rossoni (PSDB). O bloco minoritário está montando uma "estratégia secreta" para tentar impedir a aprovação.

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