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Os irmãos Maria Eduarda e Angelo Bertolli puderam realizar cirurgia de correção da orelha graças ao Projeto Orelinha | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Os irmãos Maria Eduarda e Angelo Bertolli puderam realizar cirurgia de correção da orelha graças ao Projeto Orelinha| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Projeto Orelhinha

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Muito mais do que uma cirurgia estética: uma cirurgia social. Assim é classificada a operação realizada pela equipe do Projeto Orelhinha, iniciativa que já atendeu mais de 10 mil pessoas no país. Entre os beneficiados encontram-se os irmãos Maria Eduarda Bertolli e Angelo Bertolli, que fizeram a cirurgia corretiva de orelhas em abano em Curitiba, no dia 6 de julho.

Os irmãos desejavam fazer o procedimento há muito tempo e o Projeto Orelhinha oferece um desconto de até 70% no valor usual da cirurgia, chamada de otoplastia, por meio de parcerias solidárias entre profissionais da saúde, hospitais e clínicas.

Segundo Sirlei Bertolli, mãe dos meninos, o procedimento custou um valor bem abaixo da média. “Nós quisemos realizar a otoplastia antes, mas o valor girava em torno de R$ 6 mil. Como são dois filhos, esse preço era inviável”, explica Sirlei. Pelo projeto, a família conseguiu a cirurgia por R$1,8 mil cada.

Para os jovens, o procedimento significou muito mais do que uma cirurgia estética, e é justamente esse o intuito do projeto. Maria Eduarda, que está no 9.º ano do ensino fundamental, deixava de prender o cabelo e fazer penteados por causa da orelha, que a incomodava bastante. “Sempre faziam uma piadinha ou outra comigo, por causa da orelha, mas eu tentava não levar muito a sério”, diz.

Como os dois estavam em férias escolares quando realizaram a otoplastia, a primeira vez que os colegas de escola puderam ver o resultado foi na semana passada. “Meus amigos disseram que, se não me conhecessem, nem notariam que eu fiz a cirurgia”, diz Angelo, estudante do 2.º ano do ensino médio.

O cirurgião plástico Marcelo Assis, coordenador e fundador do Projeto Orelhinha, desenvolveu uma técnica exclusiva para a operação que agiliza o tempo de recuperação. Após a cirurgia o paciente sai com um capacete de atadura, que deve ser usado por quatro dias em tempo integral. Depois, é necessário usar apenas uma faixa elástica para dormir, por 30 dias.

Sobre o projeto

A iniciativa, criada há 5 anos, visa proporcionar uma opção acessível para o tratamento. Isso tendo em vista que convênios de saúde não cobrem o procedimento, por entenderem que se trata de uma cirurgia estética. O Sistema Único de Saúde (SUS) não consegue prestar atendimento de acordo com a demanda.

O Instituto Orelhinha oferece ainda a otoplastia com 100% de gratuidade em casos especiais. Para crianças carentes entre 7 e 14 anos.

No último mutirão em Curitiba, dia 17 de julho, mais de 150 pacientes foram atendidos. Para participar, o interessado deve se cadastrar no site do projeto e aguardar a data do próximo mutirão, que em Curitiba será em outubro.

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