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Julgamento

Promotor denuncia envolvimento de Bruno com o tráfico de drogas

O promotor do caso Bruno Henry Wagner Vasconcelos denunciou nesta quinta-feira (7) em Contagem (MG) o envolvimento do ex-goleiro com o tráfico de drogas. E cita o volume 59 dos autos, no qual o segurança de Nem da Rocinha, Vinícius Barbosa da Silva, relatou ter visto Bruno Fernandes conversando com o traficante na favela carioca, e que ele frequentava o local sempre. "Bruno fazia todas as transações com o Rei da Rocinha pessoalmente", afirmou.

O promotor diz que "Bruno protagonizou o mando, o comando, a articulação de todos os agentes em volta dele, de suas mulheres, de seus primos, de seus empregados, de seus amigos, na instrumentalização, inclusive, sobretudo, de seus imóveis no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, de seus recursos, ele protagonizou o direcionamento de uma trama para atrair Eliza. No instante já acusada, a atraiu ao Rio e de lá trouxe para Minas Gerais", onde ela foi submetida ao cárcere privado e assassinada.

O promotor desmentiu a versão de Bruno de que se relacionou com Eliza Samudio apenas uma vez, por 20 minutos. "Destacamos muitas mensagens transmitidas por meios eletrônicos de Eliza para amigos seus. O notebook felizmente não foi queimado por essa gente calhorda, covarde. Eliza, num diálogo de 5 de fevereiro de 2010, quatro meses antes, escreveu a um amigo: "É bom na varanda eu fazia direto com Bruno olhando para o mar. É bom demais".

Bruno é acusado da morte da ex-amante Eliza, de 24 anos. A ex-mulher do jogador Dayanne Rodrigues é acusada de sequestro e cárcere privado do bebê do atleta com Eliza.

Defesa diz que promotoria não tem provas contra Bruno

Lúcio Adolfo, advogado de Bruno Fernandes, voltou a dizer nesta quinta-feira que a promotoria não tem provas contra seu cliente a não ser um acordo firmado com seu amigo de infância Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, na época do seu julgamento. "Procurem uma prova que não seja essa negociata com o Macarrão". Ele tentou desqualificar também o primo de Bruno que denunciou o crime, Jorge Luiz, dizendo que ele era usuário de drogas desde os 12 anos. "Os senhores vão permitir que sejam tão usados assim", apelou aos jurados, no Fórum de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.

Adolfo também criticou o sumiço de 300 páginas no processo. "Tem um ladrão de peças aqui no fórum de Contagem". Ele lembrou que a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues acatou seu pedido de abertura de processo por causa disso, mas comparou que neste caso, o andamento da justiça está mais lento. Ele ainda tentou desqualificar novamente o atestado de óbito que confirma a morte de Eliza Samudio.

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