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Oeste do Paraná

Promotor pede que ruralista de Cascavel seja julgado em Curitiba

O promotor de Justiça Eduardo Labruna Daiha pediu ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) a transferência do julgamento do ex-líder ruralista Alessandro Meneghel de Cascavel, no Oeste, para Curitiba.

Meneghel é réu confesso do assassinato do policial federal Alexandre Drummond Barbosa, em frente a uma casa noturna no centro de Cascavel. O crime, que teve grande repercussão, ocorreu no dia 14 de abril de 2012. Meneghel foi preso no mesmo dia e aguarda julgamento recolhido em uma das celas da PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel).

Para o promotor, a mudança de local do julgamento se faz necessária devido ao fato de Meneghel integrar uma família tradicional e conhecida em Cascavel, possuir vasto patrimônio e influência. Ele teme que isso possa interferir no júri. O MP descreve o ruralista como uma "pessoa violenta" e a vítima como uma "pessoa bem quista" na cidade.

A defesa de Meneghel contesta a versão da Promotoria e diz que o policial federal era uma pessoa violenta e que o ruralista agiu em defesa própria. O advogado Claudio Dalledone Junior afirma que não recebeu o pedido do promotor como novidade, mas que vai lutar para que o júri ocorra em Cascavel. "Isso [o pedido de transferência] é um sintoma de que a voz da rua está dizendo que ele é inocente", afirma. Segundo o advogado, independentemente do local onde houver o julgamento o ruralista será absolvido, mas afirma que Meneghel tem o direito de ser julgado pela sua comarca. Para ele, a estratégia do promotor é tentar ampliar a chance de condenação, mas diz estar tranquilo quanto a absolvição.

Na manhã desta quinta-feira (6), Meneghel, que foi presidente da Sociedade Rural do Oeste do Paraná, foi até uma clínica odontológica, escoltado por policiais militares, realizar exames de rotina. A clínica é mesma onde a filha dele, que é dentista, trabalha.

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