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Interior

Promotores temem desestruturação do combate ao crime organizado

Os membros do Ministério Público que atuam nas Promotorias de Investigações Criminais (PICs) no interior foram convocados formalmente para uma reunião a ser realizada nesta segunda-feira na Procuradoria-Geral de Justiça, cuja pauta não foi previamente informada. O temor dos promotores que atuam em Cascavel, Foz do Iguaçu e Londrina é de que, a exemplo do que aconteceu em Curitiba, seja anunciada a desestruturação do sistema que combate o crime organizado e realiza o controle externo das polícias.

Uma correspondência eletrônica endereçada aos promotores de todo estado atenta para a possibilidade de extinção dos Grupos Especiais de Repressão ao Crime Organizado (Gercos), que contam com policiais, equipamentos, viaturas e armamentos cedidos pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP). A comunicação de que há a intenção de deixar os promotores trabalhando sozinhos no interior do estado teria sido feita durante a reunião do Conselho Superior do Ministério Público, na semana passada. A classe já começou a se mobilizar para evitar qualquer retrocesso nas atividades e na infra-estrutura.

Quem poderia esclarecer a situação é o procurador-geral de Justiça, Milton Riquelme de Macedo. Mas, de acordo com a assessoria de imprensa, ele estava incomunicável, em um evento em Alagoas. A promotora da PIC em Cascavel, Fernanda Nagl Garcez, reconhece que não sabe o motivo da reunião de emergência para a qual foi convocada, mas tem expectativa de que não se trate do anúncio oficial da desestruturação. A esperança vem de uma ligação que afirma ter recebido do secretário estadual de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, na semana passada, dando conta de que a retirada de infra-estrutura da PIC seria exclusivamente em Curitiba.

O coordenador da PIC, Paulo Kessler, considera impossível que a reunião tenha sido convocada para declarar a desestruturação. Para ele, o assunto a ser debatido deve ser a uniformização e a integração das unidades, que passariam a atuar seguindo um modelo. "É importante dizer que ao governo do estado não compete extinguir promotorias ou obstaculizar o trabalho", reforça. O receio dos promotores seria de que o procurador-geral agiria, com a desestabilização, para evitar que o governo tivesse de tomar uma atitude impopular.

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