Quatro pessoas foram denunciadas na tarde desta quinta-feira (15) sob acusação de envolvimento na morte de Bernardo Boldrini, 11 anos, no interior do Rio Grande do Sul.

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O pai e a madrasta do menino, Leandro Boldrini e Graciele Ugolini, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz, amiga do casal, devem responder por homicídio quadruplamente qualificado.

Um quarto suspeito, Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia, foi denunciado sob acusação de ocultação de cadáver.

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Segundo o Ministério Público, que ofereceu a denúncia, relatos de testemunhas indicam que o carro de Evandro esteve no local onde o corpo foi enterrado um dia antes do crime. A Polícia Civil investiga o caso.

O corpo de Bernardo foi encontrado em uma cova rasa em um matagal de Frederico Westphalen, município a 80 km de Três Passos, cidade onde ele morava, no dia 14 de abril. O menino estava desaparecido havia dez dias.

A Promotoria aponta Leandro Boldrini como o mentor e "patrocinador" da morte do filho.Para a promotora Dinamárcia Maciel, o pai de Bernardo sabia da morte do filho e cometeu falsidade ideológica ao procurar a polícia para avisar sobre o desaparecimento do garoto.

"Ele fez inserir no boletim de ocorrência uma afirmação absolutamente falsa. Foi um engano a todos, e fez isso por meio de um documento público", afirma Maciel.

Ainda de acordo com a Promotoria, o pai tinha interesse nos bens deixados pela mulher, que cometeu suicídio em 2010. Em depoimento, testemunhas também disseram que o médico não gostava do filho e o chamava de "bichinha".

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Outro lado

O advogado Jader Marques, responsável pela defesa de Leandro Boldrini, afirma que a polícia não tem provas contra o seu cliente e usou argumentos "frágeis" para apontá-lo como um dos mentores do crime.

Demetryus Grapiglia, defensor da assistente social, disse que vai aguardar ser chamado para dar esclarecimentos sobre o caso, "inclusive com provas".

Segundo o advogado, Edelvânia nega participação na morte, mas admite ter ajudado a ocultar o corpo. Ela também escreveu uma carta em que isenta o irmão de envolvimento no caso, afirma.

Já Graciele Ugolini, madrasta do garoto, disse que a morte foi "acidental" e ocorreu após ela dar remédios a Bernardo para "acalmá-lo" e fazê-lo dormir durante a viagem até o município vizinho, onde fariam compras.

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