O ministro da Justiça, Tarso Genro, esteve nesta sexta-feira em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (RMC), para lançar no Paraná o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), cuja implantação irá depender dos prefeitos da região e do governo do estado.
Ao contrário do que se imaginava, não se trata de um programa pronto para ser implementado, mas que será ativado conforme os pedidos das lideranças locais, dentre 94 ações propostas pelo governo federal (reocupação de áreas perdidas para o tráfico, piso salarial para policiais, alfabetização de presos, entre outras). Na cerimônia desta sexta, porém, apenas um pedido concreto, do governo do estado (construção de seis presídios), foi apresentado ao programa, que pretende investir R$ 6,7 bilhões no Brasil até 2012.
"Através desses recursos nós vamos induzir a qualificação técnica das polícias, a melhoria da remuneração dos policiais de baixa e baixíssima rendas, e fortes políticas preventivas articuladas com os municípios, que passam a ser novos sujeitos no serviço de segurança pública do país", afirmou o ministro. Devido aos índices de criminalidade, a RMC foi uma das 11 regiões do país escolhidas para receber o Pronasci, que será lançado em todo o país na próxima segunda-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No Paraná, Tarso Genro disse ser viável o pedido de construção de seis penitenciárias, parte delas destinadas a mulheres e jovens, feito pelo governador Roberto Requião. Abordado pelos jornalistas, o governador disse que ainda não há outras propostas: "São muitos os pedidos. A Secretaria (Estadual da Segurança Pública) está elaborando isso, assim como a Polícia Militar e a Polícia Civil. A abertura foi feita agora e em cima disso vamos tratar dos pedidos", comentou. O secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, acredita que muitas das atividades apresentadas pelo Pronasci já são realizadas no estado, como o investimento em policiamento comunitário.
Dez prefeitos, das 23 cidades da RMC, estavam presentes na reunião, que objetivava apresentar o programa às lideranças locais. "Pelo menos metade estava presente. Um dos motivos é o curso que acontece em Foz do Iguaçu, sobre lideranças públicas", disse o prefeito de Piraquara, Gabriel Samaha, o Gabão. Ele reconhece que o sucesso do programa irá depender da articulação dos municípios. "Piraquara é um dos municípios mais complexos da RMC e o governo federal está apontando caminhos."
O prefeito de Colombo, José Antônio Camargo, que não participou do encontro, pretende se reunir hoje com alguns prefeitos. Ele estava no evento em Foz. "Pretendemos encaminhar um projeto de monitoramento com câmeras nas áreas centrais", afirma.
Cidade pólo da RMC, Curitiba pretende avaliar detalhadamente o programa para analisar suas viabilidades nas ações de segurança do município. "Já vieram muitos projetos bons que morreram na praia. Este é bom, resta saber quem vai gerenciar", analisa o diretor de relações com a comunidade da União Estadual dos Conselhos Comunitários de Segurança do Paraná, José Augusto Soavinski.
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