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O pronto-socorro (PS) do Hospital Evangélico, em Curitiba, continua fechado nesta quarta-feira (27), mais de 24 horas depois de a entidade interromper o atendimento por falta de medicamentos. Uma reunião entre a diretoria do hospital e da Sociedade Evangélica, responsável pelo estabelecimento, ocorre nesta manhã com a intenção de resolver o impasse. A expectativa é de que seja possível reabrir o PS ainda na tarde desta quarta.

O local está fechado desde as 9 horas desta terça-feira (26) e não recebe nenhum paciente de urgência e emergência desde então. Segundo a entidade, o problema ocorre pela falta de repasse de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS) nos meses de outubro e novembro. A assessoria de imprensa do hospital informou que a falta desse dinheiro impediu o hospital de adquirir materiais e medicamentos básicos usados na unidade.

A entidade informou que não foram repassados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) – que gerencia as verbas do SUS destinados ao Evangélico e a outros hospitais – cerca de R$ 5 milhões relacionados aos dois meses em questão. Também ainda não teriam sido pagos recursos de 2012 da ordem de R$ 6 milhões, totalizando R$ 11 milhões a receber.

Os pacientes já internados continuam sendo atendidos normalmente. O Hospital Evangélico é uma das três instituições de Curitiba que concentram os serviços de atendimento de urgência e emergência realizados na capital pelo SUS. Os outros dois são o Hospital Cajuru e o Hospital do Trabalhador.

Outro lado

Nesta terça, a Secretaria Municipal da Saúde informou que repassou para a Sociedade Beneficente Evangélica (SEB) – gestora do Hospital Evangélico de Curitiba – aproximadamente R$ 67 milhões, entre janeiro e novembro de 2013.

Segundo consta em nota encaminhada pela assessoria de imprensa da secretaria ontem, em janeiro deste ano a dívida da SMS com a SEB somava R$ 9.267.006,16 referente à contratualização dos últimos três meses de 2012. Deste total, já foram pagos R$ 5.530.090,20. O residual é de R$ 3.736.915,96.

A SMS disse ainda que balanço feito em agosto apontou um montante de R$ 3.403.400,00 a ser pago, referente aos convênios do Centro Médico Comunitário Bairro Novo e Centro de Especialidades Bairro Novo. "Esse valor, equivalente aos convênios dos dois equipamentos, não tinham sido pago por falta de prestação de contas pela instituição. Com isso, o total da dívida que ainda estava em aberto somava R$ 7.140.315,96. Este valor foi parcelado em 12 vezes de R$ 595.026,26, das quais duas parcelas já foram pagas", descreveu o órgão. A prefeitura reiterou que não há repasses em atraso ao Evangélico.

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