O Hospital Universitário (HU) e a Santa Casa restringiram ontem o atendimento no pronto-socorro, alegando superlotação. Não há previsão para a volta à normalidade. Com essas duas unidades restritas, Londrina tem três hospitais com problemas de atendimento no pronto-socorro nesta semana, já que o Hospital Evangélico (HE) paralisou o serviço ao Sistema Único de Saúde (SUS) justificando falta de pagamento por parte da prefeitura.A assessoria de imprensa do HU considerou "normal" a superlotação, argumentando "não ser tão diferente do que normalmente ocorre". Por volta das 16h30 de ontem, 59 pessoas estavam internadas no pronto-socorro e 12 estavam em atendimento. Havia 71 pessoas num espaço projetado para abrigar 48. O PS do HU estava com 23 pacientes acima da capacidade, e só voltaria ao atendimento quando a situação se "normalizasse".
Já na Santa Casa, havia 19 pacientes internados num espaço preparado para abrigar apenas quatro. Além disso, 11 pessoas estavam sendo atendidas por volta das 17 horas. Pelo menos cinco delas seriam internadas. Dos 19, dois estão recebendo atendimento de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), porque a unidade está lotada, com 36 leitos ocupados.
Os serviços de urgência e emergência, como o Siate e o Samu, foram orientados a não encaminhar pacientes para os dois hospitais. Para esses casos, sobraram os hospitais Zona Norte e Zona Sul. Mesmo assim, as unidades admitem que, se houver algum paciente em estado grave necessitando de atendimento, ele será atendido "no sufoco".
A reportagem entrou em contato com o secretário de Saúde, Agajan Der Bedrossian, mas a assessoria informou que ele estava em reunião e retornaria a ligação, o que não ocorreu até o fechamento desta edição.
Descredenciamento
O prefeito de Londrina, Barbosa Neto (PDT), ameaçou descredenciar o Hospital Evangélico (HE) para atendimentos de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O anúncio, feito durante entrevista coletiva ontem, ocorre no segundo dia de fechamento do pronto-socorro da unidade. Na manhã da quarta-feira, os médicos plantonistas interromperam os trabalhos alegando falta de pagamento dos salários. A direção do HE afirmou que a prefeitura tem de repassar R$ 3 milhões para o hospital.
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