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Paralisação nas universidades

Proposta para professores sai até o dia 20

Professores e funcionários das universidades estaduais protestaram em frente ao Palácio Iguaçu, ontem: 90% da categoria aderiu à paralisação | Antônio More/ Gazeta do Povo
Professores e funcionários das universidades estaduais protestaram em frente ao Palácio Iguaçu, ontem: 90% da categoria aderiu à paralisação (Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo)

O governo do Paraná se comprometeu a apresentar até o próximo dia 20 uma proposta de equiparação salarial de professores e agentes universitários. O anúncio foi feito pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Alípio Leal, diante da paralisação promovida ontem pelos docentes das sete universidades estaduais. De acordo com os sindicatos, cerca de 8 mil professores pararam as atividades, o equivalente a 90% da categoria.

Segundo Leal, a nova oferta de­­ve ser definida por uma equipe co­­ordenada pelo vice-governador Flávio Arns e formada por representantes das universidades e por técnicos das Secretarias da Admi­nistração, Fazenda, Ciência e Tecnologia, Planejamento e Educação.

Leal também se comprometeu a rever o corte nas verbas de custeio das universidades e a retomar o fluxo de reposição de pessoal. Segundo ele, os protocolos referentes às contratações estão em andamento. "A reposição do quadro funcional e o repasse das verbas de custeio estão resolvidas", afirmou em entrevista à Agência Estadual de Notícias.

Greve geral

Mesmo com as medidas apresentadas pelo governo, o indicativo de greve foi mantido pelos professores. Segundo Nilson Magagnin Filho, presidente do sindicato que representa os professores da Uni­versidade Estadual de Londrina, alguns sindicatos vão aguardar até o dia 20 para avaliar a proposta do governo. "Vamos fazer uma nova assembleia nesse dia e então definir nossa ação. A greve geral não está descartada", declarou.

Em Ponta Grossa, os docentes prometem paralisar as atividades a partir do próximo dia 14. "Ava­­liamos as declarações do secretário como um avanço nas negociações, mas ainda são só promessas. Não vi­­mos nada de concreto por en­­quanto", declarou Cíntia Xavier da Silva, presidente do sindicato que reúne os professores da Univer­sidade Estadual de Ponta Grossa.

Os docentes da Universidade Estadual de Maringá (UEM) também haviam aprovado o indicativo de greve para o dia 14. No entanto, o início da paralisação pode ser adiado justamente para aguardar a proposta da Seti. Além da equiparação dos salários dos professores com o de técnicos de nível universitário, os professores maringaenses reivindicam o retorno da verba que foi suspensa pela secretaria recentemente. Em relação a este pedido, o reitor da UEM, Julio Santiago Prates Filho, informou, na manhã de ontem, que uma solução já havia sido firmada.

O estopim do descontentamento dos professores das estaduais aconteceu no início de fevereiro, quando o governo confirmou que não seria possível dar o aumento de 9,62% em três parcelas em 2012, 2013 e 2014, conforme havia sido negociado em 11 de novembro do ano passado. O acréscimo eliminaria a defasagem de 31,73% que existe entre os salários dos docentes e dos técnicos administrativos de nível superior que trabalham nas universidades. Segundo Leal, o governo havia se comprometido apenas a encaminhar a proposta às outras esferas de governo responsáveis por pagar a conta, mas os sindicatos não entenderam da mesma forma e já contavam com o aumento no primeiro trimestre deste ano.

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