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Durante seis horas, na manhã de ontem, 90 policiais militares fizeram a desocupação de uma fazenda do governo estadual em Inácio Martins, Centro-Sul do estado. Foram retiradas sem resistência 15 famílias que estavam no local desde agosto. A área tem 120 alqueires, é de reflorestamento e pertence à autarquia Paraná Ambiental Florestas, mas estava cedida para uma madeireira.

Três pessoas foram presas por dano ambiental. No local foram encontrados 25 fornos de carvão, três motosserras sem registros e 140 sacos de carvão. Uma carreta carregada de carvão também foi encontrada pela polícia a poucos metros da fazenda. Segundo a polícia, os invasores cortavam árvores ilegalmente, depois vendiam a madeira e ainda faziam carvão dos galhos que sobravam. Antônio Valdomiro Antunes, 42 anos, Altemir Badzbmski, 27, e Amazino José Veiga, 31, foram presos em flagrante e encaminhados à delegacia de Inácio Martins.

A Polícia Militar e a Secretaria da Segurança Pública do Paraná informaram que a área estava ocupada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Uma bandeira vermelha da entidade, hasteada na frente do acampamento, foi apreendida pelos policiais. Mas o coordenador estadual do MST, José Damasceno, nega que a entidade esteja envolvida na ocupação. "Pode ser um grupo voluntário ou de outro movimento", disse. Ainda segundo ele, há um acordo firmado de cessão de terras públicas para os sem-terra. A recomendação do MST é ocupar todas as áreas públicas devolutas, sejam federais ou estaduais.

Segundo o coordenador de assuntos fundiários da Federação de Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Tarcísio Barbosa de Souza, existem muitos casos em que a reintegração de posse já foi concedida pela Justiça há mais de dois anos. "Esperamos que o governo tenha essa mesma atitude em fazendas particulares", reforça.

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