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Além de afetar os resultados na busca pela preservação de remanescentes de mata nativa, a ausência de ação governamental nas unidades de conservação causa impacto também na vida das pessoas que vivem nas áreas transformadas em parques. Nenhuma indenização foi paga no Paraná aos proprietários de terrenos que foram definidos como de utilidade pública, em 2006, para a criação das quatro mais recentes unidades de conservação do estado.

Joaquim Osório Ribas, 76 anos, espera receber indenização pela fazenda de 2 mil hectares que tem em Palmas, no Sul do estado. Ele afirma que a propriedade tem desvalorizado cada vez mais desde que foi incluída entre os 16 mil hectares do Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas. "O alqueire do meu vizinho vale R$ 26 mil e o meu passou a valer R$ 6 mil", diz.

Ribas criou a Associação dos Proprietários Atingidos pelo Refúgio de Vida Silvestre de Palmas, que concentra os 46 donos de áreas impactadas pela unidade de conservação. Ele explica que enquanto não sai a desapropriação, os fazendeiros podem manter suas atividades, mas sofrem com várias restrições. "Não podemos usar sementes transgênicas, com custeio mais barato e produtividade maior", relata.

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