A Justiça do Rio de Janeiro prorrogou por mais 30 dias a prisão temporária de quatro policiais militares suspeitos de envolvimento na morte do menino Juan Moraes, de 11 anos, assassinado na comunidade Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, em junho deste ano. A decisão da 4ª Vara Criminal é da última sexta-feira.
A juíza Bianca Paes Noto ressaltou que a prisão temporária é necessária porque ainda estão sendo realizadas diligências para a obtenção das informações para o prosseguimento das investigações e que a liberdade dos PMs poderiam dificultar a colheita de provas.
Juan morreu durante uma suposta troca de tiros entre policiais e traficantes no dia 20 de junho. A perícia derrubou a versão apresentada pelos sargentos Isaías Souza do Carmo e Ubirani Soares e pelos cabos Rubens da Silva e Edilberto Barros do Nascimento.
Além dos assassinatos de Juan e do suposto traficante Igor de Souza Afonso, de 17 anos, eles responderão por tentar matar o irmão do estudante, de 14 anos, e um vendedor, de 19. Ambos foram baleados e estão incluídos em programas federais de proteção a testemunhas.
Dias depois, uma ossada foi encontrada a 2 quilômetros do local do crime, mas a perícia atestou que os restos mortais eram de uma menina. Outro exame constatou que o corpo era realmente de Juan. O corpo de Juan foi exumado na semana passada, no Cemitério municipal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A defesa de um dos suspeitos de envolvimento no caso quer a realização de novos exames.
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