Feriado termina com 240 acidentes
O feriado de Corpus Christi contabilizou 240 acidentes, oito mortes e 199 feridos nas estradas do Paraná. O balanço foi feito até às 20 horas de ontem, com informações das polícias rodoviárias Federal (PRF) e Estadual (PRE).
Na BR-277, o movimento na pista sentido litoral-Curitiba era de 1.800 veículos por hora na praça de pedágio, por volta das 18 horas, de acordo com a Concessionária Ecovia, que administra o trecho. Só nesta rodovia, os quatro dias do feriado terminaram com 20 acidentes, oito feridos e uma morte, em um acidente envolvendo um automóvel e uma motocicleta. Ainda ontem, no KM 44 sentido Paranaguá, um caminhão carregado com um contêiner de madeira tombou, deixando o mo-torista e o passageiro com ferimentos leves. Ambos foram encaminhados para o Hospital Regional de Paranaguá.
Cerca de cem pessoas que moram no bairro Tatuquara bloquearam ontem BR-476, a Rodovia do Xisto, nos dois sentidos, depois que uma criança foi atropelada e morta no local. O congestionamento chegou a quase cinco quilômetros de extensão. A manifestação durou cerca de uma hora e meia.
Thiago Gabriel W. Souza, de três anos, foi atropelado por volta das 15h40. Segundo alguns moradores que testemunharam o acidente, o pai conseguiu atravessar a rodovia, mas quando já estava no acostamento, a criança teria largado de sua mão e corrido novamente para o asfalto. Ele tentou pegar o filho de volta, mas um caminhão, que estaria em alta velocidade, não conseguiu parar. O menino morreu na hora e o pai foi socorrido com ferimentos graves e levado ao hospital. O motorista foi retirado do local por policiais rodoviários.
Logo depois do atropelamento, os moradores iniciaram o protesto. A queima de pneus fechou as duas pistas."Vamos dar o prazo de 15 dias para que o governo faça alguma coisa para nos ajudar. Caso contrário, vamos fechar o local de novo", afirma Carlos Alberto Duarte, que mora há oito anos no Tatuquara e diz que a solução para reduzir o número de atropelamentos seria a instalação de uma passarela. O problema, segundo ele, é que de um lado da rodovia existe uma comunidade carente que precisa todos os dias atravessar a rodovia para levar os filhos na escola e também ir ao mercado. "Daquele lado não existe infra-estrutura nenhuma, por isso o movimento de pedestres é grande." Para Douglas Roberto Biscaia, morador do bairro que perdeu o pai há dois anos, também em um atropelamento, a falta de infra-estrutura na comunidade já é antiga e nunca teve solução. "Quem trabalha em Araucária precisa passar por aqui. É um perigo que enfrentamos todos os dias", diz.
Na última quarta-feira, na véspera do feriadão, às 18 horas, cerca de 200 moradores do bairro Pompéia, em Campo Largo, também fecharam a BR-277, sentido Ponta Grossa, para reivindicar maior segurança aos pedestres. A manifestação durou 50 minutos e o congestionamento chegou a seis quilômetros.
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