Uma fotógrafa ficou ficou levemente ferida ao ser atingida por um estilhaço de bomba de gás durante o protesto contra o aumento da tarifa de ônibus ocorrido na noite de hoje (7). A Polícia Militar (PM) usou a munição química para retirar os manifestantes da Marginal Pinheiros, via que foi parcialmente ocupada após eles terem fechado as avenidas Faria Lima e Rebouças. Também ocorreu tumulto na Estação Faria Lima do metrô.

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Apesar do gás lançado pelos policiais militares, os manifestantes não se dispersaram. Eles retornaram ao Largo a Batata, ponto de partida da passeata. De acordo com um dos representantes do Movimento Passe Livre (MPL), organizador do protesto, Marcelo Hotimsky, a ação na Marginal Pinheiros faz parte da estratégia de interromper o trânsito em vias importantes como forma de chamar a atenção para a causa. "Parar a Marginal ajuda a parar a cidade. É o que vamos precisar fazer para reverter o aumento da passagem", disse ao final da manifestação.

Este foi a segunda manifestação coordenada pelo MPL contra o reajuste de R$ 3 para R$ 3,20 nas passagens das passagens de ônibus, trem e metrô esta semana. No protesto de ontem (6), 15 pessoas suspeitas de causar danos, atos de vandalismo e incêndios foram detidas. O confronto com os policiais militares começou após os manifestantes queimarem catracas de papelão e cones de sinalização ao bloquear a Avenida 23 de Maio na altura do Vale do Anhangabaú. Os PMs usaram bombas de gás e balas de borracha.

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Em nota divulgada hoje, o MPL disse que os atos de vandalismo foram uma resposta à "repressão brutal" da polícia e que não incentiva a violência em suas ações. "O Movimento Passe Livre não incentiva a violência em momento algum em suas manifestações, mas é impossível controlar a frustração e a revolta de milhares de pessoas com o Poder Público e com a violência da Polícia Militar".

Em entrevista coletiva na noite de ontem, o comandante do policiamento no centro da cidade, coronel Reynaldo Rossi, disse que a repressão foi necessária para desobstruir a via e conter os "focos de incêndio" provocados pelos manifestantes.