Ceca de mil manifestantes se reuniram ontem em União da Vitória, no Sul do Paraná, para protestar contras as ações da operação Angustifolia. O trânsito nas BRs 476 e 153 ficou interrompido por quase duas horas ocasionando um engarrafamento de 5 quilômetros em ambos os sentidos. Na segunda-feira, a Polícia Federal, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama), o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e a Força Verde da Polícia Militar estiveram na cidade e prenderam um dos principais empresários do local, Domingos Forte Filho.
Os moradores reclamaram da presença do grande efetivo de policiais, que estavam armados e teriam sido truculentos com madeireiros e pequenos produtores. Na ocasião, Forte Filho chegou a ser algemado, mesmo não oferecendo risco de fuga. Participaram do protesto madeireiros e trabalhadores do setor, pequenos agricultores, empresários e políticos da região.
O empresário relata que chegou à madeireira na segunda pela manhã e encontrou policias e fiscais do Ibama em frente ao local. Ele afirma que não se opôs à fiscalização, apenas pediu que eles esperassem a companhia de um técnico em segurança da empresa. Uma discussão teve início e o policial federal teria questionado ao fiscal do Ibama se ele queria proteção para entrar. Neste momento foi dada voz de prisão a Forte Filho. De acordo com o madeireiro, não havia necessidade de prisão nem de violência. Ele foi levado até a sede do órgão e assinou um termo de compromisso. "Não somos contra a fiscalização. Mas somos contra o uso da violência. Ninguém aqui é bandido".
O prefeito da cidade, Carlos Alberto Jung (PSDB), diz que a fiscalização deveria ser feita de outra forma. O prefeito argumenta que o Paraná possui 8% de cobertura vegetal. Desses, 57% estariam na região Sul, de acordo com ele. Jung diz que não é justo a cidade ser punida por ter preservado durante tantos anos a mata. "Somos contra o modo que a Polícia Federal agiu. Queremos sim fiscalização e orientação".
O vereador Julio Adilson Pires (PP), um dos organizadores da manifestação, diz que a indústria madeireira é responsável por metade da economia da cidade. A empresa de Domingos Forte Filho, por exemplo, é responsável por 800 empregos diretos e outros 300 indiretos. "Os pequenos agricultores estão com medo da Força Verde. Como pode eles chegarem para a fiscalização com armas calibre 12 nas mãos?", questiona.
As políticas ambientais do governo estadual e federal foram criticadas. Trabalhadores e madeireiros pedem orientação para tentar unir a produção e a preservação. Depois do protesto o objetivo é que a articulação continue. Políticos e empresários pretendem criar um selo verde para empresas da região que trabalham com madeiras de reflorestamento. Eles também querem criar uma comissão para denunciar quem está desmatando ilegalmente.
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