O segundo protesto contra o aumento da tarifa de ônibus em Curitiba foi realizado ontem à noite. A concentração ocorreu na Boca Maldita. A PM contou 200 pessoas, mas a reportagem apurou que havia pelo menos 500 pessoas (foto) no auge do ato, número similar ao registrado na manifestação de segunda-feira.
Iniciado às 19 horas, em vários momentos, o ato atrapalhou o trânsito na capital. Por volta das 20 horas, o grupo chegou ao cruzamento das avenida Marechal Floriano Peixoto e Marechal Deodoro e sentou no asfalto, no que, segundo os manifestantes, seria um ato simbólico para parar a cidade. Com o bloqueio do cruzamento, filas se formaram. A PM orientava o trânsito para que os motoristas desviassem do protesto.
Mais tarde, os manifestantes seguiram até a prefeitura, no Centro Cívico, bloqueando a Avenida Cândido de Abreu por alguns instantes. Também fecharam o cruzamento da Travessa da Lapa com a Rua XV de Novembro, por onde passa o biarticulado Capão Raso/Santa Cândida. Parte do grupo invadiu uma das estações-tubo e liberou a catraca para os usuários.
O protesto terminou na Praça Santos Andrade, em frente à Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A PM identificou alguns vândalos infiltrados entre os manifestantes e até o fechamento desta edição, por volta das 22h30, ainda tentava prendê-los. Segundo a corporação, uma estação-tubo foi alvo de vandalismo na Praça Rui Barbosa, mas nenhuma outra ocorrência foi registrada.
Os participantes
Pessoas de diversos movimentos sociais levavam bandeiras e cartazes e usam frases de ordem contra o aumento no valor da tarifa do transporte público, que a partir de hoje sobe dos atuais R$ 2,85 para R$ 3,30 (no pagamento em dinheiro) e R$ 3,15 (para quem usar o cartão-transporte).
A maioria das pessoas concentradas na Boca Maldita era de jovens. Apesar de boa parte ser membro de movimentos sociais e partidos políticos, havia também muitos usuários do transporte público sem vinculação a esses grupos.
Uma delas era a secretária Caroline da Silva, 17 anos, que foi para o protesto por estar indignada com a alta na tarifa, tendo em vista, na opinião dela, a má qualidade no serviço de transporte público. "Ontem [quarta-feira] esperei três ônibus da linha Centenário/Campo Comprido para poder embarcar porque não conseguia. Acho um absurdo esse aumento porque o transporte não é de qualidade."
Mesmo com a maioria de jovens, pessoas de outras faixas etárias também participaram. Caso do comerciante Paulo Silva, 45 anos. Ele tem um estabelecimento no Fazendinha. O negócio depende, segundo ele, diretamente do transporte coletivo. "O transporte é bom, mas a tarifa é muito alta. Só vamos conseguir a redução com o povo nas ruas", disse.
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