Mulheres integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de todo o estado ocupam, nesta terça-feira (6), a rua em frente a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Elas bloquearam parcialmente a Rua Dr. Faivre, no Centro de Curitiba.
As manifestantes trancaram duas pistas entre as avenidas Sete de Setembro e Visconde de Guarapuava, complicando o tráfego na região da Rodoferroviária. O protesto, com um caminhão de som, faixas e bandeiras, seguia até o início da noite, por volta das 19 horas.
A manifestação é para cobrar agilidade na desapropriação de áreas para as 6 mil famílias acampadas em todo o Paraná, além de reivindicar investimentos para a habitação rural, infraestrutura para a agricultura familiar, créditos de fomento para produção agrícola e assistência técnica.
Segundo Marlene Faustino, coordenadora do Encontro das Mulheres em Curitiba e moradora do assentamento Margarida Alves, em Querência do Norte, região Noroeste do estado, representantes do Incra e do MST se reuniram durante a tarde para discutir as reinvindicações apresentadas.
Nos assentamentos, por exemplo, as mulheres pedem obras de infraestrutura, que envolve poços artesianos, reforma de casas, construção de escolas e melhorias de acesso, como nas estradas. Além disso, há uma pauta específica para as mulheres.
As manifestantes querem acesso ao Crédito Mulher empréstimo para as moradoras de assentamentos para que elas comecem a produzir dentro de casa, como artesanato, por exemplo, para aumentar a renda familiar. "Ele (crédito) existe, mas são poucas as beneficiadas. Não se tem a liberação dos recursos", explica Margarida.
Dia Internacional da Mulher
As manifestações vão até quinta-feira (8), no Dia Internacional da Mulher, com a "Marcha das Mulheres do Campo e da Cidade: por Justiça Social e Ambiental, Contra a Violência", às 9h horas, na Praça Santos Andrade.