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A manifestação de médicos em Cascavel, no Oeste, ocorreu no final da tarde desta terça-feira (30) no centro da cidade. Cerca de 150 pessoas participaram do ato, a maioria estudantes de Medicina da Unioeste e da FAG (Faculdade Assis Gurgacz). Boa parte dos manifestantes usava tarjas pretas no braço simbolizando luto. A concentração aconteceu das 17 as 19 horas.

De acordo com Luiz Amélio Burgarelli, presidente da Associação Médica de Cascavel (AMC), durante o dia foi reduzido o atendimento no ambulatório do Hospital Universitário (HU) e em outras clínicas em sinal de protesto.

Nesta quarta-feira (31), não haverá atendimento no ambulatório do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste (Cisop). "Haverá plantão para remarcar essas consultas", afirma Burgarelli. No Cisop são feitas consultas eletivas de pacientes de duas dezenas de cidades da região.

O presidente do Centro Acadêmico de Medicina da FAG, Henrique Mangialardo, afirma que é necessária mais estrutura para os profissionais atenderem aos pacientes. Segundo ele, o governo tenta passar a imagem de que apenas aumentando o número de profissionais vai resolver os problemas de saúde pública no Brasil. "O governo está pintando um quadro como se o médico fosse resolver tudo", avalia.

Burgarelli também faz severas críticas à proposta de trazer ao Brasil médicos estrangeiros e prevê que eles não ficarão em cidades do interior do país. "Se eles [médicos estrangeiros] são tão bons porque é que vão deixar a Espanha e outros países para vir conhecer o mato do Brasil. Isso é romantismo e romantismo eu só conheço nos livros de José de Alencar", ressalta.

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