Um protesto de motoristas e cobradores atrasou por cerca de vinte minutos a saída de ônibus operados pela Viação São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (RMC), no início da manhã desta quinta-feira (3). De acordo com o sindicato que representa a categoria (Sindimoc), a manifestação foi uma resposta às demissões de cobradores que, segundo a entidade, têm se tornado constantes desde o ano passado no município. A empresa nega demissões em massa e diz ainda que o protesto não foi de vinte, mas de quarenta minutos.
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Leia a matéria completaMotoristas e cobradores ficaram concentrados em frente à garagem da empresa durante o protesto. De acordo com o Sindimoc, só foram afetadas linhas que deixam o ponto inicial neste horário. O sindicato não soube precisar quantas foram as linhas que deixaram a garagem com atraso, mas disse que foram poucas, e que, por volta das 5 horas, a circulação já estava se normalizando. A manifestação não teria impactado em linhas que fazem integração com outras cidades da região metropolitana.
De acordo com o vice-presidente do sindicato, Dino César, os cobradores estariam indo para a rua por causa da restrição de pagamento no interior dos ônibus. Desde dezembro de 2015, 100% das linhas Urbanas da São José dos Pinhais e também da Sanjotur operam somente com cartão-transporte. Em 2014, motoristas das empresas que circulam em São José dos Pinhais foram proibidos de exercer a chamada “dupla função” – dirigir e cobrar passagem ao mesmo tempo.
Outro ponto questionado pelo Sindimoc foi pagamento. Ele afirmou que muitos dos cobradores que foram demitidos ainda não tiveram os valores previstos pela rescisão pagos. “Estamos cobrando várias coisas com isso. Coisas que não podemos aceitar. É um descaso”, analisou.
Em nota, a assessoria da São José informou que, na realidade, a empresa promoveu alguns ajustes no seu quadro de pessoal por causa da redução de linhas e da quantidade de viagens, reflexo de uma queda de mais de 10% no número de passageiros. A redução foi autorizada pelos órgãos gestores a fim de não onerar a tarifa para os usuários.
A empresa buscou e ainda busca a recolocação de alguns colaboradores em outras funções e em sua filial - o desligamento só ocorre em último caso.
A São José disse também que, por causa de problemas de fluxo de caixa nos últimos meses, está com “dificuldades para honrar todas as suas obrigações, mas espera resolver suas pendências o quanto antes’.
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