Cerca de 3 mil integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ocupam a praça central de Quedas do Iguaçu, região Centro-Oeste, nesta terça-feira (10). A ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas do movimento que ocorre desde a semana passada em vários locais do Brasil. O ato público vai durar o dia todo e o movimento pretende entregar uma pauta de reivindicação ao prefeito da cidade.

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De acordo com Mônica Macedo, que integra o movimento, depois do ato público será realizada uma reunião para discutir como será o restante da manifestação durante o dia. A PM (Polícia Militar) está no local e acompanha a manifestação, que é pacífica.

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Na segunda-feira (9) o MST já fez manifestações na região. Um grupo de mulheres ocupou o posto de pedágio da BR-277 em Nova Laranjeiras. Durante uma hora elas liberaram o pedágio e os motoristas passaram sem pagar tarifa. As manifestações de mulheres campesinas iniciadas na semana passada ocorrem todo o Brasil e são contra o modelo do agronegócio no campo brasileiro. Elas propõem a agroecologia como alternativa ao capital estrangeiro na agricultura.

A população de Quedas do Iguaçu teme que haja uma nova invasão às terras da Araupel, empresa que atua na área de reflorestamento e beneficiamento de madeira. Durante o protesto em Nova Laranjeiras, as mulheres picharam a estrutura do pedágio e deixaram escritas frases contra a Araupel. No ano passado o MST promoveu a quinta ocupação em terras da Araupel e o movimento promete novas invasões. “Fora Araupel, grileira assassina. O povo não come pinus”, foi uma das pichações deixadas pelo grupo de mulheres.