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O protesto dos bombeiros realizado na orla Copacabana, na Zona Sul do Rio, neste domingo (12), atingiu a marca de 27 mil participantes, de acordo com informações da tenente-coronel Claudia Lovain, comandante da 19ª DP (Copacabana). Ainda segundo a comandante da PM, 150 policiais trabalharam no policiamento, espalhados ao longo da orla, mas não houve registro de confusão no evento.

Milhares de pessoas compareceram à manifestação para apoiar os bombeiros, que pedem melhores salários e anistia dos agentes que haviam sido presos. Os integrantes da corporação também aproveitaram o evento para agradecer o apoio da população.

"A passeata superou todas as expectativas, é indescritível. Nunca vimos nada assim. A partir de amanhã (segunda-feira, 13) vamos começar a conversar, para decidir os próximos passos", disse o capitão do Corpo de Bombeiros, Lauro Botto.

"Amanhã, às 10h30, estaremos na Alerj para uma reunião com o deputado Freixo. Através dele, vamos tentar chegar ao Paulo Melo para que ele tente um contato entre nós e o governador Sérgio Cabral", explicou o cabo Benevenuto Daciolo. Segundo ele, todos os bombeiros que estavam presos foram libertados até a noite de sábado (11).

A marcha dos bombeiros durou cerca de 3h. Os manifestantes chegaram ao Posto 6 da Orla de Copacabana por volta das 14h30, onde cantaram o hino nacional.

Moradores apoiam os bombeiros

"Eles são nossos heróis, tínhamos que estar aqui", diz a dona de casa Hyna Carvalho, acompanhada do marido e da filha. Muitos moradores da orla de Copacabana atenderam aos pedidos dos bombeiros e penduraram bandeiras vermelhas em suas janelas.

"Eu tenho um primo que é bombeiro no Sul do Brasil. Vim representando ele, era minha obrigação. É muita emoção participar de um ato desses", contou a aposentada Zuleide Gomes.

O sargento Erik, do Centro de Suprimentos e Manutenção dos bombeiros, encontrou na passeata o amigo sargento Marcio Ferreira, do mesmo batalhão. Márcio estava preso no quartel de Charitas, em Niterói. Na emoção do encontro, Erik mostrou um adereço: um falso braço amputado. Ele explicou: "Podem amputar a mão do bombeiro, mas seu coração continuará batendo", disse ele.

O bombeiro argentino Mathias Montecchia chegou há uma semana no Rio para apoiar os bombeiros durante os últimos protestos. Exibindo seu contracheque, ele conta que ganha 7 mil pesos em seu país, o que equivale a cerca de R$ 2.700. "Eu vim apoiar, não é possível um herói ganhar o que eles ganham. Na Argentina eu ganho muito mais", disse.

Balões vermelhos

A manifestação começou a reunir público por volta das 9h, concentrado em frente ao hotel Copacabana Palace. A marcha teve início depois que representantes dos bombeiros libertados na última sexta-feira e seus familiares soltaram centenas de balões vermelhos na Praia de Copacabana, representando vidas salvas por meio do trabalho na corporação.

Na última sexta, mais de 400 bombeiros foram libertados do quartel de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, e foram recebidos por amigos e familiares na Assembleia Legislativa do Estado do Rio, no Centro da cidade.

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