As manifestações da noite de segunda-feira (17), que levaram cerca de 10 mil pessoas às ruas de Curitiba, repercutiram na sessão desta terça-feira (18) da Câmara Municipal. O vereador Tico Kuzma (PSB) subiu à tribuna para pedir a revisão da tarifa de ônibus de Curitiba, dos atuais R$ 2,85 para, no mínimo, R$ 2,80. Ele criticou, também, o governo federal e o PT, apesar de admitir que os protestos são uma crítica a todos os partidos políticos. O vereador Chicarelli (PSDC) carregou uma placa escrita "Fora Dilma" durante a sessão.
Kuzma, que é colega de partido do ex-prefeito Luciano Ducci, disse que, com a redução do PIS/Cofins e do ICMS do diesel, seria possível reduzir a passagem para, pelo menos, R$ 2,80 valor próximo da tarifa técnica para o município de Curitiba, que está em R$ 2,74. "A passagem paga hoje [pela Urbs para as empresas] é menor do que o que é pago pelo trabalhador. Não é justo que o trabalhador pague mais do que custa", afirma.
O tema foi discutido na sessão de segunda; o presidente da Urbs, Roberto Gregório, reforçou que a tarifa técnica total, que inclui também a região metropolitana, está em R$ 2,99. Ele disse, também, que a manutenção da tarifa única dentro da Rede Integrada de Transporte (RIT) é uma questão inegociável.
Para o líder do prefeito Gustavo Fruet (PDT) na Câmara, Pedro Paulo (PT), a fala de Kuzma foi oportunista. "O PSB quer diminuir toda uma luta por melhores políticas públicas a uma questão eleitoral. Se é para fazer isso, cabe a pergunta: por que não reduziram no ano passado, quando o estado deu um subsídio de R$ 60 milhões?", criticou. "Se usarem isso eleitoralmente, temos respostas fáceis, até porque a gestão da Urbs está sendo investigada".
Ele ressaltou, também, que o presidente da Urbs, Roberto Gregório, esteve presente três vezes na Câmara desde o início do ano, para discutir a questão do transporte com os vereadores ao contrário do ex-presidente Marcos Isfer (MD).
Manifestações legítimas
Mesmo com as críticas ao PT e a Dilma, o líder do prefeito considerou as manifestações legítimas. "A presidenta Dilma tem uma popularidade alta, mas não é unanimidade. Os militantes do PT veem isso com naturalidade", diz. "Eu sou originário de protestos, já fui incompreendido, condenado como baderneiro, mas entendendo isso como democrático", afirma.
Já o presidente da Casa, Paulo Salamuni (PV), considerou "marcante" a manifestação, e pediu reflexão por parte dos vereadores. "Entendo que é um movimento espontâneo e nós temos que respeitar. Cabe a nós, homens públicos, refletir: que resposta não estamos dando a essa população que faça ela ir às ruas nos cobrando?", disse.
Partidos iniciam estratégias para eleições presidenciais de 2026 apesar de cenário turbulento
Congressista americana diz que monitora silenciamento da liberdade de expressão pelo STF
Com Milei na presidência do Mercosul em 2025, vitória da esquerda no Uruguai alivia Lula
Fuga de ônibus, recompensa em dinheiro e policiais suspeitos: como o crime do PCC reverbera em SP
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora