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Segurança

Protesto marca enterro de policial

Policial Marcos Gogola foi morto durante a escolta de um preso no último dia 5 | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Policial Marcos Gogola foi morto durante a escolta de um preso no último dia 5 (Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo)

Foi enterrado no Cemitério Municipal do Água Verde, em Curitiba, na manhã de ontem, o corpo do policial Marcos Antonio Gogola. O superintendente da Delegacia de Campo Largo foi morto por criminosos na quinta-feira durante o resgate de um preso que era escoltado por ele e um agente carcerário durante uma consulta ao dentista. O agente também foi baleado, mas sobreviveu.

Durante o velório, além de familiares e amigos, policiais civis e militares foram prestar uma última homenagem. Antes do enterro, os agentes deram uma salva de tiros para homenagear o policial morto.

Logo após o enterro, policiais seguiram em carreta para uma série de protestos pela cidade. Eles reivindicam contra a superlotação nas delegacias e presídios paranaenses. Além disso, os policiais civis do Paraná paralisam as atividades das delegacias do estado por 24 horas desde à meia-noite de quinta-feira.

O vice-presidente do Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol), Daniel Cortes, diz que o protesto ocorre depois de a entidade ter feito muitos alertas ao poder público sobre a situação caótica do sistema prisional do Paraná. "Faz tempo que mostramos a questão de segurança dentro das delegacias, não foi feito nenhum planejamento nesse sentido, um planejamento do governo".

Desvio de função

O presidente do Sinclapol, André Gutierrez, disse nesta quinta que Gogola foi morto exercendo uma função que não cabe a policiais civis. "As escoltas de presos não são de responsabilidade de policiais, cujo trabalho é investigar. Quem deve fazer este procedimento é a Seju [Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos] e a Polícia Militar", afirmou Gutierrez.

Após o enterro, os manifestantes saíram em carreata até o Palácio das Araucárias, no Centro Cívico. No prédio funciona a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju), responsável pelo sistema prisional do estado. Eles reclamaram principalmente da superlotação dos presídios e delegacias do estado.

Após o protesto na Seju, os policiais seguiram à sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e encerraram os protestos em frente da sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

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